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NOVO LAR

Mulheres acolhidas em abrigo de Canoas ganham aluguel por um ano

Grupo Mulheres Voluntárias promove ação de entrega de casas e apartamentos para famílias atingidas na enchente

Publicado em: 16/07/2024 às 10h:04 Última atualização: 16/07/2024 às 10h:25
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Depois de quase dois meses morando em um abrigo exclusivo para mulheres e crianças, a estudante de enfermagem Josemara da Silva e seus dois filhos ganharam um novo lar em Canoas. E uma vida nova:

“Eu morava em São Leopoldo, mas quando a enchente começou, decidimos sair por causa dos alertas. Quem morava perto do Rio dos Sinos perdeu tudo. Acabamos vindo para Canoas por causa do abrigo exclusivo. Aqui me senti mais segura”, diz a mulher de 40 anos.

A estudante Josemara da Silva se mudou para a nova casa com os filhos Yago e Emily



A estudante Josemara da Silva se mudou para a nova casa com os filhos Yago e Emily

Foto: Paulo Pires/GES

As chaves para a nova casa foram entregues pelo grupo Mulheres Voluntárias, que desde o início de maio mantém o espaço no bairro Niterói. O projeto agora está entregando casas, alugadas por um ano, às famílias abrigadas.

Um novo capítulo

“Recebi a proposta de vir para essa casa e eu aceitei. Em duas semanas, estava tudo pronto para morar”, conta. divide o pátio com duas outras famílias que também ficaram alojadas no abrigo. “Não me vi sozinha quando me mudei. Sei que terei alguém quando precisar”, comenta Josemara.

O apoio é ainda mais importante para a futura enfermeira, uma mãe solo atípica: “Minha filha Emily tem autismo e paralisia cerebral. Meu filho Yago sofreu um retinoblastoma quando tinha dois anos e teve de amputar um olho.”

Para ela, a proximidade com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre facilita a rotina de consultas dos filhos. “Já estava morando muito longe do hospital. Por isso, assim que propuseram, aceitei vir para cá. É perto da estação e facilita a locomoção”, destaca.

O auxílio do Mulheres Voluntárias segue depois da mudança: o projeto mobiliou as casas e distribuiu cestas básicas. “Estamos recomeçando. É muito bom esse amparo”, agradece.

Três famílias que estavam no abrigo dividem o pátio



Três famílias que estavam no abrigo dividem o pátio

Foto: Paulo Pires/GES

O apoio continua

Ao todo, 30 famílias vão receber as chaves para as casas alugadas pelo grupo Mulheres Voluntárias. “Muitas já retornaram para suas próprias casas, que também foram reformadas e limpas, conta a voluntária Eduarda Mantovani. “Outras não tiveram condições, por isso alugamos casas e apartamentos por um ano”, explica.

“Não vai existir vida normal como antes, foram muitas perdas e a estrutura emocional de todos foi abalada. Mas voltando para casa, nos encaixamos de novo na vida e abanamos esse sentimento”, relata Josemara.

O projeto Mulheres Voluntárias segue recebendo e distribuindo doações. Para pedir ajuda ou doar, acesse o Instagram @mulheresvoluntarias.

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