Uma grande caixa amarela repleta de histórias. As bibliotecas modulares, idealizadas pelo projeto (Re)Viver, da UniRitter, começaram a ser entregues para Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) de Canoas, nesta quarta-feira (4). A iniciativa atende instituições atingidas pelas enchentes de maio.
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Sem tirar os olhos da estrutura colorida, cerca de 26 crianças da Emei Nilton Leal participaram de contação de histórias e puderam conhecer a biblioteca de perto no campus Canoas da universidade. Com um grande “sim”, os pequenos responderam se gostaram da surpresa, correndo para entrar no espaço.
As prateleiras baixas, livros com as capas expostas, lâmpadas e desenhos colocados nas portas são formas de retomar a infância após a enchente, segundo a coordenadora do projeto, a professora de Arquitetura e Urbanismo Raquel Daroda. “É um espaço de diálogo e afeto, usando os livros como ferramenta.”
Um presente
“Querido menino ou menina. Acredite nos seus sonhos. Acredite que tudo vai dar certo. Nada de mau irá acontecer.” Essa é a mensagem de uma das cartinhas confeccionadas por crianças de Santa Catarina e que foram entregues aos estudantes junto de um kit com dois livros infantis.
Os presentes foram recebidos com muita alegria pelos estudantes e professores, que também acompanharam a contação de histórias realizada pelo escritor Antônio Schimeneck. “Trouxe alguns livros que gosto muito”, conta para a plateia.
De página em página e dialogando com o público entretido e animado, foram apresentadas as histórias dos livros “Quando você não está aqui”, “Bárbaro”, “Quanto Bumbum” e “Era Uma Vez”.
Mais bibliotecas
Até o final de dezembro, mais três escolas (Gilda Schiavon, Irmã Chies Stefani e Idara Rocha) vão receber as bibliotecas, que são acompanhadas de 40 livros recomendados para a primeira infância. As estruturas metálicas possuem telha trapezoidal, placas Osb no piso e no teto, e rampa para acessibilidade.
Ao todo, o projeto deve atender 18 Emeis que foram atingidas pelo desastre climático de maio. De acordo com a secretária adjunta da Educação, Érida Amaral, as entregas devem ser realizadas no início do próximo ano. “Para nós, que trabalhamos com crianças, incluir elas nesses espaços lúdicos é fundamental. Nós falamos muito de espaços físicos, reconstrução, mas também tem esse espaço do encantamento que é maravilhoso”, destaca.
Inicialmente projetado para estar em praças da cidade, o projeto das bibliotecas modulares foi repensado para contemplar as escolas infantis, mantendo a ideia de atender as pessoas “É poder fazer o bem, envolvendo os alunos. A Extensão tem esse olhar para a comunidade. Isso me motiva a querer ainda mais”, ressalta a professora.
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