Avental, instrumentos de culinária e atividade com uma chef de cozinha. Este é o tema do ensaio fotográfico de 2025 do projeto Downs do Bem que está com inscrições abertas até 10 de fevereiro. A sessão será realizada no dia 20 de março, data anterior ao Dia Mundial da Síndrome de Down.
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Foto: Divulgação
Idealizado pela fotógrafa Mari Schmitt, o projeto acontece desde 2014 sempre com uma temática aleatória. “Exercícios do Bem foi o tema do ano passado e foi feito numa academia de crossfit, parceira do projeto. Este ano vai ser voltado para gastronomia e eles vão ter a oportunidade de ter uma aula com uma chef de cozinha”, explica Mari.
Quem já está ansiosa para participar é a Emily Vitória Oliveira da Silva, 20 anos. A jovem participa desde 2016 e já tirou fotos como ginasta, fotógrafa, estudante e aluna de crossfit. “Eu e a Mari somos amigas. Gosto muito de participar, de tirar fotos. Eu quero ser modelo”, conta.
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A mãe da Emily, Eliana, comenta que a filha já está ansiosa para o ensaio deste ano. “Ela já está esperando. Não sabemos como vai funcionar, mas ela já quer ir. É o único projeto de Canoas que inclui eles assim.”
Em média, 10 pessoas participam das sessões que são feitas pela própria fotógrafa e sem nenhum tipo de cobrança. As inscrições estão abertas para pessoas com Síndrome de Down a partir dos 14 anos e os interessados podem entrar em contato com a Mari pelo número (51) 985473052.
10 anos de projeto
A iniciativa completou uma década no ano passado e foi iniciada no ano que a Mari se formou no curso de Fotografia, em 2014. “Quando comecei, queria um nicho que ainda não tinha no mercado. Geralmente me perguntam se tenho alguém com Down na família, mas não. É apenas o meu diferencial”, afirma.
“As famílias costumam me dizer que eu vejo beleza onde as pessoas só enxergam a deficiência. E eu fico muito feliz de incluir. Eu me pergunto o que posso fazer para a sociedade e uso a minha ferramenta de trabalho, a minha habilidade, para isso”, ressalta.
Para a Eliana, mãe da Emily, o projeto é necessário na cidade. “A inclusão é difícil em Canoas. E a Mari faz o projeto porque ela ama e deixa elas à vontade. É o momento que elas brilham. Eu vejo que a Emily se sente feliz, realizada”, observa.
A fotógrafa lembra que o projeto não é pago. “Nunca tem custo. O máximo que vai acontecer é os pais trazerem os materiais que a chef pedir para a aula. Mas a intenção nunca é arrecadar dinheiro. É sempre colocar eles em situações que as pessoas não dão oportunidade”, enfatiza.
