Foto: PAULO PIRES/GES
A decisão da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) está ancorada pelo artigo 279-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O artigo citado aponta que “o veículo abandonado, deteriorado ou acidentado será removido para o depósito fixado pelo órgão ou entidade competente”.
Conforme a informação passada em nota pelo Escritório de Comunicação da Prefeitura de Canoas, os carros e caminhões serão encaminhados para depósito do Detran-RS.
O problema existe desde o recuo das águas que aconteceu a partir do mês de junho. Isso porque muitos veículos acabaram permanecendo durante um longo período submersos.
A situação é pior nos bairros Mathias Velho, Rio Branco e Fátima, onde há veículos cuja lataria apodrece ao ar livre há mais de dois meses.
A administração já havia anunciado ter identificado o problema e encaminhado uma solução, visando a eliminar o risco ambiental e melhorar a mobilidade.
Comunicação
Segundo o Detran-RS, a baixa dos veículos também é importante para não continuarem gerando custos e obrigações legais.
No Estado, o Detran possui cerca de 420 Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), onde existe a descontaminação, desmonte das peças e compra da sucata, sob avaliação.
As peças reutilizáveis são retiradas para comercialização, enquanto as não reutilizáveis são levadas para reciclagem.
Preocupação
Morador do Mathias, Leandro Dornelles aponta que muitos veículos já deixaram o bairro, no entanto, permanecem aqueles de moradores que deixaram de vez o local para se abrigar em cidades vizinhas devido à perda de bens.
“Pessoal já recolheu motos, carros e caminhões que estavam estragados, mas a gente vê aqueles que ninguém nem sabe quem é o dono ou que os donos já saíram de Canoas há muito tempo para nem voltar mais devido à enchente”, explica o mecânico de 56 anos.
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