Contra o crime
Prefeitura de Canoas trabalha para retomar estratégia da tecnologia aliada à segurança
Secretário-adjunto de Segurança Pública, Alex Brandão recorda sistema detector de tiros no bairro Guajuviras e diz ser importante voltar a pensar em tecnologias inovadoras. "As pessoas não lembram, mas vidas foram salvas na época graças a utilização daquela tecnologia", disse
Última atualização: 26/03/2024 20:07
Foi na noite do dia 23 de fevereiro que um veículo em alta velocidade atropelou - e matou - Maria Verci Cunha dos Santos. O motorista fugiu do local, o que levou a Polícia Civil (PC) à necessidade de procurar o condutor e assim esclarecer as circunstâncias da morte da idosa de 69 anos.
Os agentes da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas assumiram a apuração e, menos de uma semana depois, conseguiram chegar ao paradeiro do motorista, que acabou preso. Chegariam antes a ele, caso a investigação não esbarrasse em um problema: quase não havia câmeras de monitoramento funcionando.
Então recém-chegado na cidade, o delegado Marco Guns chegou a reclamar na época da falta de equipamentos em funcionamento que indicassem a direção do veículo visto fugindo do local do acidente que vitimou Maria Verci Cunha dos Santos.
É justamente para saber as condições atuais dos equipamentos em funcionamento que a Secretaria de Segurança de Canoas deu início a um levantamento em torno das câmeras instaladas na cidade. Dos cerca de 172 equipamentos, a estimativa inicial é que 60% estejam fora de funcionamento devido a problemas técnicos.
Segundo o secretário-adjunto Alex Brandão, o trabalho iniciado deve resultar em um estudo completo do número de câmeras em funcionamento e o diagnóstico preciso do que é necessário para colocar o restante dos equipamentos em operação a pleno. A expectativa é que o sistema esteja 100% em até dois meses.
"O forte temporal que atingiu Canoas em outubro do ano passado acabou danificando seriamente o sistema, porém ainda não sabemos com certeza a quantidade exata de equipamentos estragados", explica. "Este levantamento vai nos dar uma base para ter um diagnóstico completo do nosso parque tecnológico e dessa maneira solucionar carências do sistema".
Tecnologia necessária
Conforme o secretário, embora o sistema não esteja a pleno, ele permanece em funcionamento. Nesta semana, o Município voltou a celebrar o convênio que mantém com a Brigada Militar (BM), que cede Policiais Militares (PMs) na reserva para atuarem na vigilância do Centro Integrado de Comando e Controle de Canoas (CICC).
"São olhos treinados", afirma Brandão. "São pessoas que dedicaram a vida à segurança pública e estão preparadas para observar aqueles detalhes que escapam aos olhos da maioria. Na semana passada mesmo, um criminoso acabou preso no Centro após ser flagrado pelas câmeras", lembra.
Como aponta o secretário, a Guarda Municipal prendeu um assaltante instantes após um assalto cometido na Avenida Victor Barreto. Por meio das câmeras, o criminoso foi sendo monitorado até acabar cercado e capturado pelos servidores.
"Houve um roubo no paradão e minutos depois o responsável pelo crime já estava preso pelos agentes da Guarda, então é indiscutível o quanto o sistema é importante para a segurança da população", argumenta.
Sistema ShotSpotter salvou vidas
Brandão lembra que a gestão do prefeito Jairo Jorge sempre aliou o uso de tecnologias inovadoras com a segurança. O secretário aponta a inovação no lançamento do sistema ShotSpotter, em 2010, quando o bairro Guajuviras passou a contar com 33 pontos de detecção de tiros, algo inédito no País.
"As pessoas não lembram, mas vidas foram salvas na época graças a utilização daquela tecnologia", salienta. "O detector permitia às forças de segurança e também que o socorro chegasse rapidamente ao local do crime, algo nunca visto antes no Brasil".
O secretário deixa claro que a tecnologia em torno do ShotSpotter é passado, contudo, é possível pensar que novas tecnologias sejam estudadas visando o mesmo objetivo de aumentar a vigilância e a proteção para a população.
"Como assumimos há pouco, ainda não há uma definição do planejamento a longo prazo", frisa. "Por enquanto, estamos nos reunindo com empresas para dar o suporte necessários para as câmeras de segurança, mas vamos analisar outras ideias e alternativas que possam aliar a tecnologia com a segurança".
Projeto semelhante descartado
Foi em outubro de 2021 que o então secretário de segurança de Canoas, Emerson Wendt, divulgou uma parceria entre a Prefeitura de Canoas e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) para desenvolver um sistema de alerta sonoro que identifica e localiza disparos de arma de fogo, acidentes de trânsito, explosão e até arrombamento de carros e de casas.
Após detectar o sinistro, o sistema iria notificar automaticamente os órgãos de segurança pública, como a Guarda Municipal e a Brigada Militar. O modelo chegou a ser apontado por Wendt como semelhante ao Sistema de Detecção de Disparos de Arma de Fogo (SDD), desenvolvido pela empresa norte-americana ShotSpotter, que foi instalado no bairro Guajuviras.
O projeto, contudo, acabou sendo descartado alguns meses mais tarde, conforme apontou Wendt, antes de deixar o cargo de secretário.
Foi na noite do dia 23 de fevereiro que um veículo em alta velocidade atropelou - e matou - Maria Verci Cunha dos Santos. O motorista fugiu do local, o que levou a Polícia Civil (PC) à necessidade de procurar o condutor e assim esclarecer as circunstâncias da morte da idosa de 69 anos.
Os agentes da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas assumiram a apuração e, menos de uma semana depois, conseguiram chegar ao paradeiro do motorista, que acabou preso. Chegariam antes a ele, caso a investigação não esbarrasse em um problema: quase não havia câmeras de monitoramento funcionando.
Então recém-chegado na cidade, o delegado Marco Guns chegou a reclamar na época da falta de equipamentos em funcionamento que indicassem a direção do veículo visto fugindo do local do acidente que vitimou Maria Verci Cunha dos Santos.
É justamente para saber as condições atuais dos equipamentos em funcionamento que a Secretaria de Segurança de Canoas deu início a um levantamento em torno das câmeras instaladas na cidade. Dos cerca de 172 equipamentos, a estimativa inicial é que 60% estejam fora de funcionamento devido a problemas técnicos.
Segundo o secretário-adjunto Alex Brandão, o trabalho iniciado deve resultar em um estudo completo do número de câmeras em funcionamento e o diagnóstico preciso do que é necessário para colocar o restante dos equipamentos em operação a pleno. A expectativa é que o sistema esteja 100% em até dois meses.
"O forte temporal que atingiu Canoas em outubro do ano passado acabou danificando seriamente o sistema, porém ainda não sabemos com certeza a quantidade exata de equipamentos estragados", explica. "Este levantamento vai nos dar uma base para ter um diagnóstico completo do nosso parque tecnológico e dessa maneira solucionar carências do sistema".
Tecnologia necessária
Conforme o secretário, embora o sistema não esteja a pleno, ele permanece em funcionamento. Nesta semana, o Município voltou a celebrar o convênio que mantém com a Brigada Militar (BM), que cede Policiais Militares (PMs) na reserva para atuarem na vigilância do Centro Integrado de Comando e Controle de Canoas (CICC).
"São olhos treinados", afirma Brandão. "São pessoas que dedicaram a vida à segurança pública e estão preparadas para observar aqueles detalhes que escapam aos olhos da maioria. Na semana passada mesmo, um criminoso acabou preso no Centro após ser flagrado pelas câmeras", lembra.
Como aponta o secretário, a Guarda Municipal prendeu um assaltante instantes após um assalto cometido na Avenida Victor Barreto. Por meio das câmeras, o criminoso foi sendo monitorado até acabar cercado e capturado pelos servidores.
"Houve um roubo no paradão e minutos depois o responsável pelo crime já estava preso pelos agentes da Guarda, então é indiscutível o quanto o sistema é importante para a segurança da população", argumenta.
Sistema ShotSpotter salvou vidas
Brandão lembra que a gestão do prefeito Jairo Jorge sempre aliou o uso de tecnologias inovadoras com a segurança. O secretário aponta a inovação no lançamento do sistema ShotSpotter, em 2010, quando o bairro Guajuviras passou a contar com 33 pontos de detecção de tiros, algo inédito no País.
"As pessoas não lembram, mas vidas foram salvas na época graças a utilização daquela tecnologia", salienta. "O detector permitia às forças de segurança e também que o socorro chegasse rapidamente ao local do crime, algo nunca visto antes no Brasil".
O secretário deixa claro que a tecnologia em torno do ShotSpotter é passado, contudo, é possível pensar que novas tecnologias sejam estudadas visando o mesmo objetivo de aumentar a vigilância e a proteção para a população.
"Como assumimos há pouco, ainda não há uma definição do planejamento a longo prazo", frisa. "Por enquanto, estamos nos reunindo com empresas para dar o suporte necessários para as câmeras de segurança, mas vamos analisar outras ideias e alternativas que possam aliar a tecnologia com a segurança".
Projeto semelhante descartado
Foi em outubro de 2021 que o então secretário de segurança de Canoas, Emerson Wendt, divulgou uma parceria entre a Prefeitura de Canoas e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) para desenvolver um sistema de alerta sonoro que identifica e localiza disparos de arma de fogo, acidentes de trânsito, explosão e até arrombamento de carros e de casas.
Após detectar o sinistro, o sistema iria notificar automaticamente os órgãos de segurança pública, como a Guarda Municipal e a Brigada Militar. O modelo chegou a ser apontado por Wendt como semelhante ao Sistema de Detecção de Disparos de Arma de Fogo (SDD), desenvolvido pela empresa norte-americana ShotSpotter, que foi instalado no bairro Guajuviras.
O projeto, contudo, acabou sendo descartado alguns meses mais tarde, conforme apontou Wendt, antes de deixar o cargo de secretário.
Os agentes da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas assumiram a apuração e, menos de uma semana depois, conseguiram chegar ao paradeiro do motorista, que acabou preso. Chegariam antes a ele, caso a investigação não esbarrasse em um problema: quase não havia câmeras de monitoramento funcionando.