“É um dia tenso”, disparou um morador do bairro Rio Branco, em Canoas, na tarde desta quarta-feira (19), ao observar a movimentação de operários, na altura da Avenida Guilherme Schell, próximo ao limite da cidade com Porto Alegre.
No local, que fica junto ao Centro de Distribuição da Cassol, trabalhadores reforçam com sacos de cimento e terra a parede de proteção contra as águas do dique Rio Branco, cujo rompimento inundou parte da cidade no início do mês passado.
A ação observada com olhos atentos por moradores do bairro é preventiva, segundo a administração. Isso porque, diferente do que aconteceu no dia 3 de maio, o Rio Gravataí não está próximo da cota de inundação, visto claramente bem abaixo.
“Na outra vez, a água estava na beira do asfalto já”, lembra o pedreiro Olívio Brasil, 66 anos, que correu com a bicicleta até o local para ver pessoalmente se havia risco de inundação. “Agora a água está lá em baixo e isso não vai encher de uma hora para outra”.
Também morador do Rio Branco, o aposentado Camilo Gonçalves, 74 anos, elogia a iniciativa da Prefeitura de Canoas por garantir uma tranquilidade maior para quem está com medo das chuvas.
“Na outra vez eles esperaram acontecer para se mover”, critica. “Quem bom que agora estão trabalhando antes da água subir, porque pelo menos dá tempo da gente fazer alguma coisa se a situação piorar”, completa o ex-estivador.
Avaliação
Em paralelo ao trabalho no bairro Rio Branco, técnicos ligados Secretaria Municipal de Obras acompanharam, desde o início da tarde, um vazamento que aconteceu na altura do dique na Vila Prata.
Na área, a água começou a vazar por baixo da BR-448 e entre o reforço de contenção garantido pela administração como parte da manutenção do dique após o rompimento que aconteceu no mês passado.
Oficial
Por meio de nota, a Prefeitura de Canoas informou que equipes técnicas estão fazendo a avaliação em áreas de inundação em Canoas. Sobre qualquer situação atípica ao que foi relatado até agora, imediatamente, a Prefeitura informará sobre possíveis medidas.
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