Morador do bairro Fátima, Otávio Dias pediu ajuda para o cunhado para remover da frente de casa um Passat abandonado que estava trancando a entrada e saída da garagem.
“O cara não largou o carro na frente da minha garagem”, explica o metalúrgico de 39 anos. “Ele largou o Passat na esquina. Foi a água que moveu o carro até a frente de casa”.
A situação observada pelo trabalhador não é isolada em Canoas. Embora não exista um número preciso de órgãos oficiais, estima-se que centenas de veículos acabaram abandonados em meio as cheias.
Tendo em vista que muitos veículos não foram buscados pelos donos por problemas de falta de dinheiro ou acesso a determinadas áreas, a Prefeitura de Canoas está estudando uma maneira de removê-los.
Por meio de assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) informou que produziu um Estudo Técnico Preliminar (ETP) de tomada de preço e credenciamento para prestadores de serviços.
A ideia é a contratação de veículos guinchos para o recolhimento de motocicletas, carros e caminhões estragados que estão prejudicando a mobilidade.
Conforme a administração, os parâmetros de preços do estudo são baseados nos valores usados pelo Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS).
Embora ainda precise ser definido também o endereço para onde podem ser encaminhados os veículos avariados. A iniciativa tem o apoio até mesmo de quem já gastou dinheiro com guincho.
O vigia Carlos Eduardo Martins, por exemplo, precisou contratar o caminhão do guincho duas vezes, já que da primeira vez o mecânico foi até o endereço, mas não conseguiu fazer o serviço devido ao alagamento da via.
“Se o guincho sair da garagem, o cara já vai te cobrar”, reclama. “Eu mesmo paguei duas vezes, mas que bom saber que estão pensando em ajudar, porque tem um monte de gente que não buscou o carro ainda por falta de dinheiro”, elogia o morador do Rio Branco.
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