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SISTEMA CONTRA CHEIAS

Prefeitura de Canoas abre pregão eletrônico para construção de dique do Mato Grande

Empresas interessadas devem apresentar propostas nesta quarta-feira (11)

Taís Forgearini
Publicado em: 10/09/2024 às 19h:48 Última atualização: 10/09/2024 às 19h:48
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A devastação causada pela enchente de maio jogou luz em antigas demandas aclamadas pela população canoense. A construção de diques em áreas desprotegidas é uma delas. Com um orçamento inicial de R$ 69,3 milhões, a Secretaria Municipal de Obras anunciou a abertura de edital para contratação de empresa. Nesta quarta-feira (11) ocorre o pregão eletrônico para apresentação das propostas entre as empresas interessadas.

Estrutura também reforçará proteção do Mathias Velho



Estrutura também reforçará proteção do Mathias Velho

Foto: Paulo Pires/GES

Segundo o secretário municipal de Obras, Guido Bamberg, a próxima fase será de habilitação da empresa que vencer o pregão. “Sabemos da urgência, mas precisamos respeitar os ritos. Se não houver contratempos, existe a possibilidade das obras iniciarem ainda em setembro”, afirma.

Essenciais para evitar inundações, os diques criam uma barreira de proteção para impedir que a água de rios e lagos transbordem. Em maio, a ausência de proteção nos bairros Mato Grande e São Luís ficou em evidência.

No entanto, os bairros Mathias Velho/Harmonia, Rio Branco/Fátima e Niterói, que possuem diques, também sofreram com as cheias dos rios Gravataí e Sinos. Planejados com base nos níveis da enchente de 1941, a estrutura dos diques Rio Branco e Mathias Velho teve rupturas. A água extravasou pelos muros de contenção.

Após estudos, o projeto do dique Mato Grande prevê a construção de muro de 2,4 quilômetros de extensão com cota de sete metros de altura. A estrutura será erguida ao lado da BR-448. “Além de garantir a proteção da região, também vai reforçar a do Harmonia e Mathias”, diz Bamberg.

Obras no São Luís

A partir do início das obras, a empresa vencedora da licitação terá 18 meses para concluir o dique Mato Grande.

“É uma construção de médio prazo. O valor de R$ 69,3 milhões não contempla a construção das duas casas de bombas [números nove e dez] na região. Esses serão contratos à parte. Estamos em fase de contratação da empresa para a construção da casa de bombas nove. Já para a dez, ainda não temos previsão”, salienta o secretário.

Conforme Bamberg, a construção do dique São Luís levará mais tempo para sair do papel. A proposta inicial prevê um custo de R$ 800 milhões. O valor acentuado é justificado pelo titular da pasta. “Esse valor inclui também a construção de cinco casas de bombas na localidade do São Luís. A extensão do dique também deverá ser superior à do Mato Grande”, projeta.

Bamberg destaca que os estudos para a construção do dique e das casas de bombas podem levar até seis meses para serem concluídos.

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