Calor de 40º

Prainha do Paquetá é tomada por banhistas que ignoram até placa que não recomenda banho

Das placas indicando área imprópria para banho, sobrou apenas uma. Os próprios banhistas teriam arrancado as outras instaladas no local, segundo relatos de moradores

Publicado em: 28/01/2023 13:40
Última atualização: 22/01/2024 08:16

"Balneário" não oficial de Canoas voltou a receber banhistas na tarde deste sábado (28) Foto: PAULO PIRES/GES
Foi às vésperas do Natal que a Defesa Civil de Canoas instalou placas de sinalização, indicando área imprópria para banho na Prainha do Paquetá. Porém, que visitar a área neste final de semana vai ter dificuldade para encontrá-las. Isso porque elas foram arrancadas pelos próprios usuários.

Diante do calor de 40º registrado na tarde de sábado (28), o Paquetá foi mais uma vez alternativa para banhistas. E mesmo quem observou a única placa que ainda resiste na área, acabou ignorando-a por completo.

"Isso de dizerem que a água está suja sempre existiu e ninguém nunca morreu", opinou o marceneiro Luiz Antônio Diniz. "Trago as crianças porque aqui é mais perto de casa e bem fresquinho para brincar. Deixo soltas na água", completa o trabalhador canoense.

Morando no Paquetá há mais de 20 anos, Mauro Vieira da Silva, 45 anos, diz terem sido os próprios banhistas que arrancarem as placas.

"O pessoal só quer se divertir e não respeita", observa. "Até acho que as placas duraram muito tempo. Estavam ali até uma semana atrás, mas agora sumiram".

Conforme o secretário de Meio Ambiente de Canoas, Paulo Ritter, o aviso é claro que não é recomendado o banho no Paquetá.

"As placas instaladas diziam claramente que o Paquetá é impróprio para o banho", reforça. "Logo, as pessoas deveriam se conscientizar e não tomar banho no local".

Responsável pela Defesa Civil de Canoas, Igor Silveira de Sousa informou que novas placas serão instaladas em breve apontando área imprópria para banhistas.

"Vamos retornar ao local e instalar as placas de novo", avisa.

Conforme a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o assunto é questão de saúde. Já que não há balneabilidade na área, é necessário que a Vigilância em Saúde de Canoas passe a monitorar as atividades e agir, caso necessário.

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