ECONOMIA

PÓS-ENCHENTE: CDL, CICS e Sindilojas avaliam cenário e desafios do comércio canoense

Entidades apontam ações essenciais para a retomada das atividades de empresas atingidas pela inundação

Publicado em: 04/06/2024 10:52
Última atualização: 04/06/2024 10:53

Classificado pelas entidades da indústria e do comércio como o pior mês, maio deixou um rastro de destruição e um sabor amargo para todos os gaúchos. Em Canoas, uma singela mudança de comportamento é observada, o comércio voltou a registrar movimento em lojas, de eletrodomésticos e móveis. Para explicar o cenário atual e os desafios pela frente, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Canoas, a Câmara de Indústria e Comércio e Serviços de Canoas (CICS) e o Sindicato do Comércio Varejista e Lojistas (Sindilojas) detalham ações de apoio.

Comércio registra aumento no fluxo de consumidores Foto: Taís Forgearini/GES-Especial

Embora a palavra de ordem seja cautela, o início dos pagamentos de benefícios sociais e o retorno gradual das pessoas atingidas pela enchente para suas casas têm refletido positivamente para o comércio de itens de casa, como móveis e eletrodomésticos.

Segundo o presidente da CDL Canoas, Éverton Netto, os esforços estão concentrados em duas frentes: a busca por incentivos e subsídios via governos federal, estadual e municipal para auxiliar na reconstrução e reestruturação das empresas e lojas atingidas pela enchente. A segunda, possui foco no apoio, fomento e segurança dos comércios não atingidos.

"É preciso pensar no macro, ou seja, dar assistência para toda a cadeia produtiva local. Passado o momento mais crítico, de salvamento de vidas, o momento é de fazer a roda girar, isso será fundamental para a manutenção das lojas e preservação dos empregos", salienta.

A presidente da CICS, Shirley Dilecta Panizzi, destaca a importância de ações céleres no combate ao fechamento de empresas e postos de trabalho no município.

"Montamos um gabinete de crise, nele, ouvimos as demandas dos empresários e repassamos as solicitações para os representantes dos governos em busca de respostas rápidas e efetivas. As pequenas empresas, por exemplo, precisarão de um apoio maior. Infelizmente, os empresários menores têm mais dificuldade de acesso a empréstimos e liberação de recursos por meio dos bancos."

O levantamento inicial do Sindilojas aponta 600 empresas atingidas diretamente pela inundação. Contudo, o número poderá ser ampliado nos próximos dias.

"Em até 10 dias teremos um relatório com a quantidade total dos comércios afetados e também um mapeamento das empresas que devem continuar e das que deverão encerrar as atividades. Nosso trabalho agora é para evitar ao máximo o fechamento definitivo das lojas. Estamos em conversa com os empresários e os sindicatos. A ideia é apresentar propostas de manutenção dos empregos. Algumas empresas já sinalizaram que darão férias para os funcionários, outras estão avaliando os danos, mas a maioria está no aguardo da liberação de incentivos dos governos, em especial, do federal", explica o presidente do Sindilojas, Denério Neumann.

Entre as ações anunciadas pelo Governo Federal em vigor estão: o Pronampe, a prorrogação de vencimento de impostos federais e Simples Nacional e a dispensa da apresentação da Certidão Negativa de Débitos para facilitar o acesso ao crédito.

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