Funcionários do Hospital de Pronto Socorro de Canoas ficaram sem receber a segunda parcela do 13º que, conforme a legislação trabalhista, deveria ter sido paga até a quarta-feira (20).
A informação partiu de uma nota da própria instituição, que divulgou em nota que o pagamento não seria efetuado por conta da falta de repasses, que deveria ter sido feito pela Prefeitura de Canoas.
O atraso no pagamento não atinge os demais servidores públicos da Prefeitura de Canoas, que receberam os valores da segunda parcela do benefício nesta quarta-feira como prevê a legislação.
A administração informou de imediato que a transição que aconteceu na Secretaria da Fazenda, ao longo da quarta, acarretou o atraso no repasse e o eventual problema de pagamento na casa de saúde.
Na noite de terça-feira (19), o vice-prefeito Nedy de Vargas Marques (Avante) assumiu o cargo de prefeito em exercício até então mantido pelo interino, presidente da Câmara de Vereadores, Cris Moraes (PV).
Assim, a quarta-feira foi marcada pela exoneração de secretários e mudanças de quadros, o que incluiu a saída do até então secretário da Fazenda de Canoas, o veterano João Portella.
Conforme a assessoria da Prefeitura de Canoas, um levantamento está sendo feito nesta quinta-feira (21), em caráter de urgência, nas unidades de saúde da cidade, de modo a garantir os repasses o mais breve possível.
Ainda segundo a assessoria da casa de saúde, não houve impacto no atendimento à população que busca o HPS ou aos pacientes que já estavam sendo atendidos no hospital.
Restrição no serviço
Na última segunda-feira (18), o HPS de Canoas confirmou a restrição a procedimentos eletivos. A medida foi tomada devido a atrasos nos pagamentos de médicos anestesistas da casa de saúde.
Pacientes que tinham procedimentos marcados foram comunicados do cancelamento ao chegar no hospital, na manhã de segunda-feira, e orientados a buscar nova agenda no Hospital Universitário (HU).
Simers ciente do problema
Diretora no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Daniela Alba, confirmou que o Simers está ciente do assunto, mas ainda não tem uma previsão a respeito dos pagamentos. Ela lamentou que o HPS tenha retornado à agenda por problemas de pagamento, já que a casa de saúde presta um serviço essencial à cidade.
“O HPS de Canoas atende à população no momento em que ela mais precisa em casos de urgência e emergência”, frisa.
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