Com passos lentos e olhar compassivo, Paulo Roberto Oliveira observa, admirado, a estrutura da nova Policlínica de Nova Santa Rita.
Foto: PAULO PIRES/GES
O aposentado de 71 anos conta que nasceu na cidade e, ao longo da vida, precisou se deslocar até Canoas para atendimentos de saúde; emergências ou não.
“A gente olha impressionado, porque nunca imaginava um negócio parecido”, elogia. “Só de pensar em não precisar mais ir a Canoas consultar, já é um feito”, diz.
A mudança começa ser operada na manhã desta quinta-feira (15), quando a estrutura passa a atender a população. A estimativa da Secretaria de Saúde são 500 atendimentos diários.
A Policlínica 24h possuirá duas alas. A primeira é a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que terá dois leitos de urgência e dez leitos de observação.
Também contará com um centro de especialidade para atendimentos eletivos, que contemplará a demanda do município na baixa e média complexidade.
Com uma área total de 3,2 mil metros quadrados, a Policlínica abrigará diversos serviços, contando com 96 profissionais.
Localizado na esquina das ruas Marinho Peixoto e Dr. Lourênço Záccaro, no Centro de Nova Santa Rita, a Policlínica foi pensada para garantir o melhor acesso à população, com amplo estacionamento.
“Isso vai mudar a saúde de Santa Rita”, opina Paulo Roberto.
Até 700 exames por mês
Segundo a Saúde do Município, serão 12 médicos e quatro pediatras em escalas que devem garantir o atendimento de 70% da demanda cujo atendimento atual é feito em cidades vizinhas.
Conforme o diretor de saúde Brayan Freitas, o prédio recebe, nesta terça-feira (13), os últimos retoques antes do início dos trabalhos.
Ele aponta o investimento de R$ 17 milhões do Município; mais de R$ 1 milhão somente em equipamentos que vão garantir o adequado atendimento aos pacientes.
A Policlínica terá raio-X, ultrassonografia, ecocardiografia, eletrocardiografia e exames laboratoriais, aponta.
“Nossa demanda é enorme por exames e se hoje dependemos quase 100% da colaboração de Canoas, mas essa ralidade vai mudar com nossos equipamentos em funcionamento”.
A estimativa é de 600 a 700 exames por mês, segundo o diretor, número que leva em conta os somatórios de exames eletivos e de urgência e emergência.
“Estamos falando de atendimentos de baixa e média complexidade”, frisa. “É claro que uma fratura exposta tem outra exigência”.
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Sala vermelha
Diretora responsável por coordenar a operação da UPA 24 horas, Gisele Warttmann estima, já a partir da abertura, nesta quinta-feira, pelo menos 300 atendimentos.
Ela garante que o processo está alinhado para o início dos trabalhos e existe uma vontade muito grande dos profissionais para passar a atender no local.
“É uma estrutura completamente nova e centralizada”, argumenta. “Há uma motivação grande dos profissionais em querer estar aqui trabalhando”.
Servidora pública, Gisele aponta que a sala vermelha, com dois leitos, já está montada e será usada para procedimentos de baixa e média complexidade.
“Isso era uma demanda que tínhamos quando o assunto é atendimento de emergência e que agora vamos poder dar a atenção necessária”, avalia.
Foto: PAULO PIRES/GES
Projeto antigo
Um antigo sonho de Nova Santa Rita, a Policlínica teve o projeto lançado em 2021, em plena pandemia. O edital saiu sete meses mais tarde, em 2022. Já as obras, após autorização, começaram em dezembro do mesmo ano.
Apontado desde o início como a maior obra pública de Santa Rita, o projeto, desde o início, era atrelado ao processo de independência da saúde da cidade, representando um marco, segundo o diretor de saúde.
“O que a população vai receber não é apenas um prédio, mas a oferta de atendimento que merece”, afirma Brayan. “Além disso, existe todo um espaço de terreno onde mais tarde pode ser ampliada a estrutura e instalados novos prédios”, avisa.
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