CRIME EM SIDNEY
Polícia investiga movimentação bancária da professora morta na Austrália: "Ela bancava ele", diz mãe
Suspeito de matar Catiúscia Machado permanece preso; ela foi encontrada morta dentro de banheira no fim de novembro
Última atualização: 05/12/2023 10:20
A polícia australiana dá prosseguimento a investigação do caso envolvendo a professora de Canoas Catiúscia Machado, 43 anos. Os policiais agora concentram esforços nos cartões de crédito e contas da brasileira encontrada morta em Sidney, na Austrália, na noite do último dia 25.
A investigação se baseia na hipótese de que o suspeito do crime, Diogo de Oliveira, 40 anos, estava se valendo do dinheiro da trabalhadora, razão pelo qual não aceitaria uma separação.
Mãe de Catiúscia, Eliaide Machado conta que sempre soube que a filha bancava as contas do namorado no exterior. Além do emprego como professora, Catiúscia recebia pensão do marido, que morreu há alguns anos, um militar do Exército.
“A polícia encontrou os cartões de crédito da Catiúscia e estão observando as movimentações”, explica. “Acredito que possam esclarecer alguns pontos que vão colaborar para apontar a culpa dele”.
Conforme Eliaide, Catiúscia contou a ela que o namorado planejava partir em breve para os Estados Unidos, porém a professora não pretendia partir com ele e inclusive já se organizava para retornar ao Brasil até a metade do próximo ano.
“Ela me disse que ele conseguiu um visto e queria ir para os Estados Unidos, mas ela não, pois pretendia retornar ao Brasil”, relatou. “Imagino que discutiram a respeito, mas ela não me contava nada disso. Só dizia que estava tudo bem”.
Ainda segundo Eliaide, Diogo se apresentou a ela como alguém que trabalhava em embarcações, chegando a passar até 15 dias longe de casa por estar em alto mar, porém ele não saia de casa.
“Eu sei que ele não saia de casa e que ela bancava ele”.
Retorno para a despedida
Eliaide Machado, mãe da professora Catiúscia Machado, encontrada morta no apartamento em que morava, em Sidney, na Austrália, na noite do dia 25, está com as malas prontas para retornar a Canoas.
Atualmente, vivendo em Vila Velha, no Espírito Santo, Eliaide está com as malas prontas. A previsão é que chegue no Rio Grande do Sul na quarta-feira (6), onde aguardará a chegada do corpo da filha para ser sepultado em Canoas.
Segundo ela, toda a documentação exigida pelo Consulado Australiano foi entregue e a família apenas aguarda o sinal de que o corpo da professora esteja embarcando em direção ao Brasil.
“A liberação demora devido à burocracia, mas tudo está muito bem encaminhado e acreditamos que nos próximos dias seja anunciado o encaminhamento para podermos nos despedir como ela merece”, observa.
Entenda o caso
Foi na noite de sábado (25), pouco depois das 21 horas, que a polícia de Sidney, na Austrália, foi acionada para averiguar o que parecia ser um acidente doméstico envolvendo a professora, encontrada caída em uma banheira.
O acidente se transformou em suspeita de homicídio quando a polícia descobriu evidências de que a vítima havia sido agredida. O suspeito do crime é o namorado da professora. Diogo de Oliveira, 40 anos, foi preso ainda durante a noite do crime e levado a corte australiana na manhã do dia 27 de novembro, quando alegou inocência.
Conforme os hematomas achados no rosto da vítima, a suspeita da polícia é que namorado tenha atingido Catiúscia com um soco, levando a professora a cair de cabeça na banheira. Segundo a polícia, ainda não foi confirmada a causa da morte, porém os peritos foram incisivos que a vítima morreu entre as 18 horas e 19h30 de sábado, com o corpo descoberto somente horas depois.
Daniel acabou sendo preso por suspeita de homicídio em decorrência da violência doméstica. O advogado tentou a conseguir a fiança do brasileiro, mas ela foi negada. Ele tem um novo encontro com o tribunal local marcado somente no dia 24 de janeiro.