Operação Irmandade
Polícia Civil leva 13 à cadeia por integrar organização que espalhava cocaína por Canoas
Ação organizada na manhã desta quinta-feira (13) mirou e acertou suspeitos de integrar facção que montou "quartel", no bairro Niterói, mas bem longe das cheias
Última atualização: 13/06/2024 09:14
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a batizada Operação Irmandade, mirando o combate ao tráfico de drogas em Canoas, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Arroio dos Ratos, Charqueadas e Palmares do Sul.
Ao todo, 190 policiais, incluindo agentes do Rio de Janeiro e Tocantins, foram mobilizados para cumprir 84 medidas cautelas, sendo 32 mandados de busca e apreensão, 19 prisões preventivas e duas prisões temporárias.
Foram 13 pessoas presas, além da apreensão de aparelhos de telefone celular, veículos e outros objetos de interesse da investigação foram apreendidos. As buscas da polícia seguem ao longo do dia visando a localização de todos os suspeitos envolvidos.
Conforme a apuração da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, os alvos compõem um núcleo de traficantes, especialmente de cocaína, coordenados por indivíduos ligados à organização criminosa com atuação na região metropolitana.
A investigação começou no final do segundo semestre de 2023, quando um laboratório de drogas foi descoberto pelos agentes da Draco de Canoas, resultando na prisão de um suspeito que era “químico”.
Os principais alvos da operação são dois irmãos, responsáveis por coordenar o esquema, os quais atuam na tele-entrega de drogas e mantém pontos específicos, montados no bairro Niterói, bem longe da área das cheias.
Segundo o delegado Gustavo Bermudes, ambos já tem passagem pelo sistema prisional, onde orquestravam e emanavam as ordens para os crimes cometidos nas ruas de Canoas.
Em 2023, um estava preso e o outro em liberdade com tornozeleira. Já em 2024, os papéis se inverteram, o que estava recolhido ao presídio migrou para a tornozeleira e o outro acabou no Presídio Central.
"Independente do local em que estivessem, o que ficou claro é que continuavam a praticar crimes e gerenciar os negócios ilícitos, em total indiferença as decisões judiciais", explica Bermudes.
Na avaliação do diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), o delegado Cristiano Reschke, a ação desta quinta-feira representa a retomada das ações especializadas após período mais crítico da catástrofe climática em Canoas.
“Apesar de estarmos desde o início da enchente atuando nas causas humanitárias, nos resgates, nos abrigos, na garantia da lei e da ordem pública de forma ostensiva, a Polícia Civil está atenta e continua apurando e reprimindo, com inteligência e integração de dados, as ações do crime organizado”.