Canoas fechou o primeiro semestre de 2024 com redução acentuada da criminalidade. Conforme os números apresentados pelo comando da Brigada Militar (BM), a queda se apresentou em todos os indicadores.
Principal índice de medição usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para assinalar se uma cidade é violenta, os crimes contra a vida reduziram 25%. Foram 35 mortes cometidas nos últimos seis meses.
Também houve uma queda acentuada de 60% nos roubos a pedestres, indicador que despencou de 833 crimes em 2023 para 326 em 2024, número positivo por se tratarem de assaltos cometidos diante de grave ameaça.
Igualmente um crime de impacto para a população, os roubos a veículos caíram 45%, diminuindo de 140 casos registrados para 76; já os furtos tiveram redução de 46%, com queda de 534 crimes para 286.
Por fim, os roubos a estabelecimentos comerciais tiveram diminuição percentual de 49%, com os 75 registros de ocorrência anotados no primeiro semestre do ano passado fechando em 38 crimes neste ano.
Na avaliação do comandante do 15º Batalhão de Canoas, o tenente-coronel Ivan Clóvis Alves, a redução que é observada desde o início do ano é consequência de muito trabalho.
“O número de homicídios pode diminuir mais”, afirma. “Mas o trabalho está em andamento: aumentamos de forma significativa o número de abordagens e barreiras em pontos considerados estratégicos e isso dá visibilidade ao Policial Militar e coíbe os crimes em muitas situações”, afirma.
O oficial aponta que agora é possível à população notar PMs circulando durante a noite em passarelas, uma estratégia que garantiu a redução dos roubos a pedestres nas imediações da área central.
“Criamos ações cujo impacto é a visibilidade do Policial Militar em áreas onde antes não havia proteção para a população”, explica. “O bandido pensa três vezes antes de cometer um crime ao observar o policiamento ostensivo”.
Enchentes
O coronel observa que as enchentes que afetaram Canoas entre abril e maio levaram metade da cidade a conviver no lado não alagado da cidade, de maneira que foi necessário pensar em estratégias para guarnecer a população.
“Imagine que do dia para a noite a população do bairro Mathias Velho passou a conviver com os moradores do Guajuviras”, frisa. “Foi necessário um trabalho muito grande e chegamos a ter 80 PMs em abrigos”.
Ivan observa que o reforço do policiamento com agentes oriundos de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e da Força Nacional acabou sendo decisivo para garantir as operações e manter a segurança da população.
“Foi e continua sendo muito importante o apoio de policiais que vieram ajudar Canoas”, defende. “A Força Nacional, por exemplo, embora com número reduzido, permanece prestando um grande serviço e colaborando em áreas estratégicas”.
Desarmamento
Outro importante número passado pela Brigada Militar diz respeito a quantidade de armas apreendidas em seis meses. Foram 99, inclusive cinco armas longas tiradas de criminosos em operações pontuais.
O comandante da BM destaca também os 108 foragidos do Sistema Penitenciário, recapturados durante ações e abordagens de rotina noite adentro nos quadrantes da cidade.
“Nosso pessoal está nas ruas em ações de abordagens e continuamos colocado o Batalhão de Choque para agir no bairro Guajuviras durante a noite”, avisa. “O resultado tem sido positivo”.
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