Pesquisadores da Universidade Católica de La Plata, da Argentina, visitaram Canoas como parte de roteiro de projeto do Vaticano. Os professores argentinos Rodrigo Martin e Paulo Bernardo conheceram a situação da região após a enchente, acompanhados de profissionais da Unilasalle.
Foto: Valentina Bressan/Especial
A ação é iniciativa da Universidade do Sentido, com sede na Cidade do Vaticano, criada em 2020 pelo Papa Francisco. A ideia é integrar instituições públicas e privadas à comunidade para criar soluções para crises e problemas sociais, promovendo a paz.
“A Universidade tem um observatório para identificar projetos que inquietem o mundo acadêmico e criar uma cultura de reação a crises”, explica o doutorando da Unilasalle Paulo Felipe Almeida, que é articulador da Universidade do Sentido.
Os professores argentinos chegaram ao Rio Grande do Sul no último domingo (28). No Vale do Taquari, os pesquisadores visitantes acompanharam projetos de apoio a pequenos agricultores. Em Canoas e Porto Alegre, observaram a ação da Fundação Pão dos Pobres, e conheceram movimentos da comunidade no bairro Mathias Velho.
“A grande mensagem que levamos daqui é a solidariedade entre o povo. As pessoas são as primeiras a se organizar, e elas costumam estender a mão e abraçar os outros. As universidades precisam dar espaço ao povo, para aprender com esse tipo de resposta às crises”, conta o pesquisador Rodrigo Martin. “A ideia do Papa é ter universidades abertas, em trabalho contínuo com o povo”, acrescenta.
Vaticano receberá relatório
A parceria entre a Universidade do Sentido e a Unilasalle deve seguir. Com apoio de freis capuchinhos, a pesquisa deve ser ampliada em contato com a comunidade do Mathias Velho.
Os pesquisadores argentinos também encaminharão um relatório para o Vaticano em setembro. O objetivo é reunir os dados e informações coletados na visita e criar um projeto para aplicação em outros locais com situação de vulnerabilidade ou crise. “O observatório se articula em rede, a ideia é aprender o saber do povo e transmiti-lo para outros casos de crise”, acrescenta Martin.
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