A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Infidele, para apurar a atuação de organização criminosa investigada pelos crimes de patrocínio infiel, estelionato e apropriação indébita em reclamatórias trabalhistas.
Agentes da Polícia Federal cumpriram nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre (6), Canoas (2) e Xangri-lá (1), além de medidas cautelares de constrição de bens e valores, suspensões do exercício de atividade profissional de advogado, proibição de ausentar-se do País e monitoramento por tornozeleira eletrônica.
A investigação teve início a partir de comunicação da Justiça do Trabalho de Porto Alegre à Polícia Federal, apontando um escritório de advocacia estaria atuando em contrariedade ao interesse de seu cliente. Em reclamatória trabalhista, o escritório estaria induzindo o cliente, mediante prestação de informações falsas, à celebração de contrato de cessão dos seus créditos judiciais para uma empresa de perícias contábeis.
As diligências indicam que as fraudes estariam sendo replicadas em inúmeras outras reclamatórias trabalhistas e que o escritório de advocacia e a empresa de perícias contábeis atuariam em cumplicidade contra o interesse financeiro dos clientes.
O nome da operação refere-se ao termo francês “infidèle”, que significa infiel, como referência a um dos tipos penais investigados (art. 355 do Código Penal, “Patrocínio infiel”) e em razão das constantes viagens do principal investigado à França.
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