MOBILIDADE
Passagem do ônibus urbano de Canoas será mantida nos atuais R$ 4,80
Decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira pela Prefeitura, que pagará à Sogal subsídio de R$ 0,70 por passagem
Última atualização: 28/03/2024 17:44
A tarifa do transporte coletivo urbano de Canoas não terá reajuste. A Prefeitura confirmou nesta quinta-feira (28) que a passagem será mantida nos atuais R$ 4,80 (ônibus convencional) e R$ 2,40 para quem paga meia passagem. A informação consta em decreto assinado pelo prefeito em exercício Nedy de Vargas Marques (PP).
Está definido que a tarifa técnica do serviço fica em R$ 5,50, diferentemente do que a empresa Sogal havia pedido, de R$ 5,56. Essa diferença será assumida pelo governo municipal, que dará subsídio de R$ 0,70 em cada passagem.
Conforme o secretário da Fazenda Luís Davi Vicensi Siqueira, atualmente, para manter a passagem no custo atual com base na estimativa de passageiros, o município precisa complementar R$ 14,4 milhões ao ano. O cálculo, porém, depende do número de usuários. Então, essa quantia pode variar com o aumento ou a redução da quantidade de pessoas que utilizarem o serviço.
“Sabemos que o valor atual já é alto e pesa no bolso de quem utiliza ônibus diariamente. Por isso, estamos fazendo um grande esforço para evitar o aumento. Mesmo com a crise financeira que herdamos da gestão afastada, o transporte coletivo é uma prioridade da nossa gestão. E seguiremos trabalhando muito para buscar a redução da tarifa e a melhora da qualidade do transporte na nossa cidade”, destacou o prefeito em exercício.
O secretário de Transportes e Mobilidade, Leandro Rodrigues Machado, afirmou que, após o pedido de reajuste tarifário feito pela Sogal, o prefeito em exercício solicitou à secretaria um estudo para que se chegasse a um valor que atendesse aos canoenses, bem como aos trabalhadores da empresa, que estavam com salário em atraso.
“Então a equipe técnica se concentrou e chegamos a esse valor. Em conjunto com os outros setores da Prefeitura, em especial com a Secretaria da Fazenda, atingimos esse resultado, com o qual mantemos o subsídio, para que não exista alteração da tarifa para os usuários em geral e coloque em dia o pagamento dos funcionários”, explicou.
O diretor da Sogal, Marlon Casagrande, destaca a importância de manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato de concessão. “Viemos de um período que é pós-pandemia, com muitos passageiros a menos e uma reestruturação interna que teve de ser feita. Assim, é importante o poder público ser ágil no ajuste desses custos”. Conforme o gestor, é um esforço manter o acerto nos custos pela elevação dos preços dos insumos, além de muitas linhas com demanda baixa. “Mas o que prevalece é o compromisso do atendimento de toda a cidade e conseguirmos manter a empresa operando, atendendo a todos os cantos da cidade e trabalhando em conjunto com município na busca da melhoria contínua do sistema”, acrescentou.