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Parque Eduardo Gomes precisa de mais atenção

Frequentadores reclamam que o popular Parcão permanece sem qualquer tipo de manutenção há dois meses

Publicado em: 09/01/2024 às 16h:47 Última atualização: 09/01/2024 às 16h:47
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Ao garantir a aposentadoria, Marco Ramos, 58 anos, resolveu retomar uma rotina de exercícios com a esposa, Terezinha Ramos, 57. Nem precisou pensar muito ao escolher o local mais adequado.

Alexandre utiliza somente os equipamentos que não estão estragados



Alexandre utiliza somente os equipamentos que não estão estragados

Foto: PAULO PIRES/GES

Moradores do bairro Fátima, Marco e Terezinha caminharam até o Parque Eduardo Gomes, na manhã desta terça-feira (9), dando início a um novo ciclo de saúde e boa forma. Só não esperavam encontrar o Parcão “atirado”.

“Eu costumava vir com frequência caminhar e fazer exercícios, mas acabei parando por falta de tempo”, conta Marco. “Fiquei surpreso ao ver como está maltratado o Parcão. Antigamente, não era assim”, frisa.

Terezinha diz ter sido surpreendida com a quantidade de equipamentos quebrados, isolados ou faltantes na academia de ginástica ao ar livre, que ela sempre gostou de usar ao chegar no Parcão.

“Acho complicado até de tentar usar os que sobraram, já que, a julgar pelo que a gente vê dos equipamentos sobraram na academia, pode cair alguma peça a qualquer momento”, opina.

Fazendo uso do espaço do Eduardo Gomes há décadas, o aposentado Alexandre Campos, 58 anos, explica que a academia ao ar livre acabou destruída porque os antigos equipamentos foram substituídos por modelos iguais, porém de material inferior.

“Venho há anos me exercitar no Parcão e sei que trocaram os equipamentos que existiam por esses que têm um material vagabundo”, afirma. “Em bem pouco tempo, acabou arrebentando tudo e não sobrou quase nada para usar”.

Brinquedos

Além dos problemas observados na academia ao ar livro, também há outros na pracinha montada para crianças na entrada do parque. Há brinquedos quebrados ou muito enferrujados, que não inspiram confiança.

A dona de casa Odete Mendonça, 55 anos, mantém a rotina de caminhadas no Parcão, mas disse que parou de levar a neta para brincar na pracinha devido ao estado precário de conservação dos brinquedos.

“Continuo vindo caminhar, porque moro ao lado e o espaço é ideal para mim”, observa. “Mas parei de trazer a minha neta por medo de uma corrente de balanço arrebentar e ela cair de cabeça no chão. Não vejo manutenção. Está um perigo”, completa.

Muito lixo

As reclamações em torno do Parque Eduardo Gomes se estendem para a grama alta e quantidade de capim acumulado na área. Faz tempo que uma máquina não passa no local, segundo quem caminha ou corre pelo Parcão.

O aposentado Alaor Flores, 60 anos, disse que faz, no mínimo, 60 dias que uma máquina não apara a grama ou corta a quantidade de capim que tomando o espaço que era para ser de lazer.

“Estou aposentado e tenho bastante tempo livre, então lembro bem a última vez quando vi uma máquina cortando a grama e removendo o capim do parque”, reclama. “Desde então, nunca mais vi ninguém fazendo manutenção”.

Outro problema é o acúmulo de lixo que pode ser visto até mesmo nas lixeiras instaladas ao longo do parque. O também aposentado Gelson Brandão, 60 anos, conta ter sido voluntário para a limpeza durante anos, mas acabou cansando.

“Como moro aqui pertinho, era voluntário para remover lixo do parque após o final de semana”, relata. “Eu ajudava um senhor que trabalhava aqui há anos, mas então ele saiu e não entrou ninguém no lugar. O resultado é essa quantidade absurda de lixo que a gente vê no Parque”.

Sem resposta

Questionada sobre o problema, a Prefeitura de Canoas não se manifestou apontando uma solução até o fechamento desta matéria.

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