RESÍDUOS DA ENCHENTE

Parcão de Canoas deixa de receber entulhos e ganhará limpeza até o fim de agosto

Limpeza de todos os transbordos de Canoas custará R$ 28 milhões e levará até 180 dias

Publicado em: 09/07/2024 19:15
Última atualização: 09/07/2024 19:24

Lotado de entulhos e lixos da enchente de maio, o Parque Eduardo Gomes deixou de ser ponto de transbordo em Canoas. Com 120 mil metros cúbicos de descarte de resíduos, o local está proibido de receber novas cargas de materiais devido à superlotação e ao pedido da Base Aérea de Canoas para evitar a proliferação de animais na região.

Transbordo no Mato Grande em substituição ao Parcão Foto: Paulo Pires/GES

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Bernardo Caron, a limpeza do parque, popularmente conhecido como Parcão, será feita até o fim de agosto. "A suspensão do transbordo no Eduardo Gomes ocorreu como uma medida de precaução. A Base Aérea estava com receio do surgimento de urubus, o que poderia comprometer as áreas de voos", explica Caron.

Para a transferência dos resíduos do parque e dos demais locais utilizados como transbordo, a Prefeitura de Canoas anunciou a abertura de um novo edital para a contratação de equipes, equipamentos e caminhões para a realizar o serviço de manejo e transporte dos entulhos dos pontos provisórios para o aterro de Gravataí.

O orçamento inicial, em caráter emergencial, é de R$ 28 milhões para seis meses de serviços nos quatro transbordos ativos e no Parcão (desativado). "A expectativa é que os trabalhos iniciem até o fim da próxima semana e sejam concluídos em até 180 dias. Cada transbordo receberá uma equipe com quatro caminhões e duas máquinas."

Fiscalização ambiental

Com quatro transbordos ativos na cidade, o secretário descarta que haja contaminação no solo dos locais utilizados para o armazenamento dos resíduos da inundação. Os espaços estão localizados na Avenida Guilherme Schell, embaixo do Viaduto da BR-386, na esquina das ruas David Canabarro e Araçá, na Rua Antônio João Bianchini, 1800 (Pátio da empresa Bianchini) e na Rua Irineu Carvalho de Braga, 2400.

"Não há risco de impacto ambiental. Os transbordos estão proibidos de receber materiais contaminados ou de origem orgânica", finaliza Caron.

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