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LIXO SEM FIM

Parcão de Canoas acumula toneladas de entulhos da enchente

Fepam pede esclarecimento à Prefeitura sobre transbordo no parque Eduardo Gomes

Taís Forgearini
Publicado em: 02/07/2024 às 20h:39 Última atualização: 02/07/2024 às 20h:40
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Há um mês, como ponto de transbordo de entulhos e resíduos da enchente, o estacionamento do Parque Eduardo Gomes (Parcão), em Canoas, acumula toneladas de lixo e preocupa a comunidade e ambientalistas. Moradores e empresários da região denunciam o crescimento diário de montanhas de destroços, que possuem como destino o aterro de Gravataí. Contudo, a demora no transporte tem causado apreensão e até fez com que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) questionasse à Prefeitura sobre as unidades de transbordo.

Local recebe diariamente caminhões com entulhos



Local recebe diariamente caminhões com entulhos

Foto: Mato do Júlio/Divulgação

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O local temporário de descarte no Parcão concentra mais de um quilômetro e pilhas de escombros de até 6 metros de altura. Empresário de um espaço gastronômico da Rua 24 de Outubro, Filipe Lopes, 40 anos, fala sobre a área coberta de lixo que pode ser vista da entrada do seu negócio.

“Estamos a poucos metros do transbordo. Para amenizar a situação, a Prefeitura fechou a rua para reforçar a segurança, porém, o cenário se agrava a cada dia. Só vejo caminhões chegando”, afirma.

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Lopes enfatiza o receio com possíveis impactos ambientais e socioeconômicos. “O risco é iminente. Esses resíduos precisam de um destino correto. Tenho medo do futuro. A situação está terrível. Quanto mais acumula, mas fica difícil e mais tempo levará para remover.”

Nesta terça-feira (2), a reportagem do Grupo Sinos esteve no transbordo e durante mais de 1 hora não viu nenhum caminhão saindo do aterro. Durante o período, uma retroescavadeira operava e cinco caminhões com entulhos descarregaram no ponto provisório.

Denúncia e o que diz a administração municipal

Em nota, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, salienta que a retirada e transporte dos resíduos para o aterro de Gravataí ocorrem no período noturno e que, no momento, a prioridade é a retirada dos resíduos das ruas. “Os transbordos terão sua limpeza intensificada após a conclusão da limpeza das vias”, diz. No entanto, a comunidade do entorno relata que, em ambos os turnos, não há movimentação de caminhões saindo do local.

Estacionamento do Parque Eduardo Gomes coberto de lixo



Estacionamento do Parque Eduardo Gomes coberto de lixo

Foto: Paulo Pires/GES

Questionada sobre quantos caminhões o transbordo recebe diariamente e quantos caminhões são destinados para o aterro de Gravataí, a pasta se limitou a responder: “Os números variam conforme a quantidade de equipamentos e equipes que atuam em cada bairro no dia. A prioridade é realizar a limpeza das ruas”, diz a nota.

Recentemente, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) recebeu uma denúncia sobre os locais de depósito temporário (transbordo) de entulhos e resíduos da enchente em Canoas. Conforme a Prefeitura, não houve denúncia e, sim, solicitações de informação que serão respondidas para a Fepam.

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