As redes sociais costumavam servir de vitrine para o trabalho de Anna Alves, 42 anos, moradora de Canoas. Fotógrafa há 15 anos, Anna registra eventos, momentos especiais em família e fotos para perfis de empreendedores.
Em maio, teve de usar sua conta para fazer um apelo: após ter a casa e todos seus equipamentos destruídos pela enchente, precisa de ajuda para recomeçar.
“Minha carreira finalmente estava em ascensão. Sempre tive dois empregos para adquirir meus equipamentos. A fotografia é uma paixão, não me imagino sem”, conta Anna. Dos 15 anos na profissão, há apenas seis a fotografia serve como seu único sustento. “Perdi, por cima, R$ 30 mil em equipamentos. Todo meu investimento ia para a fotografia”, lamenta.
A vaquinha criada com incentivo de amigos tem como meta arrecadar R$ 50 mil. Até agora, R$ 13 mil foram doados. Na última semana, Anna ganhou uma câmera básica e um flash para poder voltar a trabalhar, mas ainda há um longo caminho pela frente.
“Está escasso para todo mundo. Fiz um apelo para poder trabalhar, essa é minha esperança, na medida do possível reconquistar o precisamos para voltar à vida e dar dignidade para nossos filhos”, relata.
Recomeço difícil
Anna e o marido são autônomos e não foram beneficiados pelo auxílio municipal concedido a mil MEIs e 500 microempresas. “Se tu não trabalha, não ganha? Como trabalhar com criatividade quando se tem problemas? A cabeça precisa estar leve. É muito difícil recomeçar nessa área. Na pandemia, muitos venderam equipamentos. Agora, nem isso temos”, diz. Contatos pelo perfil @annaafotografa no Instagram.
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