Com a proximidade do pleito eleitoral municipal, as movimentações políticas começam a ficar mais visíveis em Canoas. Entre os principais questionamentos estão os possíveis candidatos à prefeitura. Segundo Márcio Freitas (Avante), a permanência dentro do Avante não se sustenta.
“Fui para o Avante para concorrer como deputado estadual porque precisaria de menos votos para ser eleito. Embora eu tenha tido uma votação expressiva, não foi suficiente. O Avante teve duas candidaturas impugnadas, isso fez com que o número de votos da sigla baixasse e minha votação não foi suficiente”, frisa. “Estou estudando em qual partido vou me filiar. O PDT é uma opção, mas tudo ainda no campo da hipótese. Tenho até o fim da janela de transferência [5 de abril] para decidir um novo partido.”
Para as eleições municipais, Freitas afirma que não concorrerá ao cargo de vereador, e sim, ao de prefeito ou na condição de vice-prefeito. O político se apresenta como uma opção de terceira via dentro da política canoense, porém, não descarta a possibilidade de formar uma chapa com o prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques (PP).
“O Jairo Jorge [PSD] está montando um bloco com o Busato [União Brasil], eles, provavelmente, serão apoiados pelo governo [Lula], ou seja, serão mais inclinados para a esquerda. Existe a polarização entre Jairo e Nedy, mas ainda pode surgir uma via de direita apoiada pelo PL. Separado ou em parceria com o Nedy, a minha posição é a mesma, de centro. Quero a união e não a polarização”, afirma.
Questionado pela reportagem sobre uma possível chapa com Freitas, o prefeito em exercício alega que ainda é muito cedo para falar sobre as eleições e garante estar focado em mudar os rumos das finanças da Prefeitura, que atualmente possui um déficit de R$ 421,9 milhões.
“O Márcio Freitas é um grande vereador, com um apoio popular muito grande. As urnas já mostraram o respeito e o carinho que a população tem por ele, tanto que é o vereador mais votado. Se eu decidisse concorrer a prefeito, me honraria muito contar com a parceria dele nesta caminhada”, finaliza Nedy.
Freitas também comemora o fim do processo que colocou em risco o mandato na Câmara. A justiça decidiu arquivar a ação impetrada por Juliano Dias Furquim, ex-colega de sigla pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e primeiro suplente ao cargo de vereador pelo partido.
No pedido, o requerente alegava que Freitas havia se desfiliado do PDT sem justa causa ajuizada e solicitava a ocupação do cargo. Juliano Furquim foi o terceiro candidato mais votado da sigla, ficando atrás dos atuais vereadores Márcio Freitas e Alexandre Gonçalves.
Para concorrer às eleições de 2022, como candidato a deputado estadual, Freitas deixou o PDT e se filiou ao Avante. Sobre a decisão de arquivamento do processo, o parlamentar se diz aliviado com a situação.
“A justiça entendeu que somente a diretoria do PDT [municipal, estadual ou nacional] poderia pedir a perda do mandato. Inicialmente, a diretoria, do município e do estado, chegaram a solicitar, mas conseguimos chegar a um consenso, e os pedidos foram retirados. Por fim, ficou somente a ação feita pelo Juliano [Furquim], que foi arquivada”, explica o vereador.
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