Na residência do morador do Centro de Canoas Paulo Castro, pitayas, de diferentes partes do mundo tomam conta do pátio e ganham toda a atenção do aposentado, que há cinco anos descobriu a paixão por cultivá-las.
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Castro sabe detalhes de plantio e as diferenciações de cada espécie e não esconde a alegria que sente ao falar de cada uma delas. Se são da Tailândia, do Japão, da Alemanha, da Austrália, da Colômbia, do Equador, dos Estados Unidos ou de Santa Catarina, que é polo de produção sustentável da fruta no Brasil, ele consegue mencionar particulares. Só de olhar o fruto, ele diz se é do tipo mais doce, se é das vermelhas, das brancas ou das amarelas.
“É minha paixão cultivar pitayas. É o meu hobby. Na região, pouco têm a variedade que tenho. Adoro ficar fazendo os enxertos que fazem com que cada pé possa ter várias espécies da fruta”, conta.
Ele explica que fazendo esses enxertos cada fruta nasce com as suas características, independente da planta original e também menciona que algumas espécies precisam ser polinizadas e outras não. “Mas as mais bonitas e maiores são as que precisam da ação humana”, ressalta. Entre as mais doces está a espécie brasileira conhecida como baby. “É pequena, mas é uma das mais saborosas”, descreve.
Castro lembra que essa fruta exótica tem diversas propriedades, mas o que ele garante são os benefícios digestivos. “Comer a fruta ou tomar o suco faz o intestino funcionar muito bem”.
Nomes interessantes
A pitaya possui denominações interessantes: a green skin red, uma das mais raras; a jade white, que é branca e não precisa de ação externa para polinização; a conemeyer, da Alemanha, e a israelense desert king, que têm as flores mais bonitas; a golden israel, que quase não tem espinhos.
Sim, ao brotar, quase todos os frutos de pitaya têm pequenos espinhos. Para fazer mudas eles são fundamentais. “Com um pedaço pequeno de cladódios (uma espécie de caule) e uns três espinhos podemos fazer uma muda”, ensina Paulo Castro.
Para viajar com a esposa, no feriadão, Castro não esqueceu de suas plantas. Ele colheu os frutos maduros e arrancou as flores secas. Como as damas-da-noite, as flores da pitaya só florescem depois do pôr do sol e permanecem abertas somente nas primeiras horas da manhã.
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