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Atenção aos pequenos

Oficina mostra a adultos como crianças enxergam o trânsito

Atividade foi realizada com a ajuda de um periscópio entre a Emei Pé de Moleque e a Unidade de Saúde São Vicente

Publicado em: 11/09/2024 às 13h:48 Última atualização: 11/09/2024 às 17h:58
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A comunidade do entorno da Escola Municipal de Educação Infantil Pé de Moleque, localizado na rua José Danilo Menezes, 120, fez uma caminhada na manhã desta quarta-feira (11) para simular como uma criança de 95 cm de altura enxerga o trânsito pelas ruas do bairro Olaria. A 1ª Oficina Andante foi feita com a ajuda de um periscópio, percorrendo um trajeto de 550 metros até a praça ao lado da Unidade de Saúde São Vicente.

Adultos usam periscópio para mostrar como as crianças enxergam o trânsito



Adultos usam periscópio para mostrar como as crianças enxergam o trânsito

Foto: Nicole Goulart/Especial

A ação foi organizada pela Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM), em conjunto com a UniRitter de Canoas e com as iniciativas Global Designing Cities e Urban95 que viabilizaram o Projeto Ruas de Brincar. “A comunidade adulta precisa perceber o que as crianças podem se apropriar da rua, se sentirem seguras”, afirmou a engenheira de tráfego da Prefeitura de Canoas, Tânia Batistela Torres. 

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A caminhada teve dois momentos. Primeiro, os participantes caminharam da escola até a unidade de saúde como adultos. Na volta, a caminhada foi feita utilizando um periscópio – um tubo com dois espelhos nas extremidades – para simular a visão de uma criança de 95 cm. Um formulário foi preenchido para avaliar a experiência. 

Participantes da caminhada utilizaram um com periscópio para saber como as crianças enxergam a rua



Participantes da caminhada utilizaram um com periscópio para saber como as crianças enxergam a rua

Foto: Nicole Goulart/Especial

Uma das participantes foi a aposentada Lucia Bueno, de 66 anos, que tem um afilhado matriculado na escola. “Sempre me entroso ao meio. Estou sempre participando dessas atividades. Isso pra mim é muito bom”, contou a moradora do bairro. “Vai ser muito bom para o futuro dessa criançada. Só tem a acrescentar”, destacou sobre a caminhada. 

A aposentada Lucia Bueno preencheu o formulário com suas percepções



A aposentada Lucia Bueno preencheu o formulário com suas percepções

Foto: Nicole Goulart/Especial

A região foi escolhida pela quantidade de acidentes, envolvendo carros em alta velocidade. “Grande parte dos acidentes são por conta da imprudência. Então, nós temos a preocupação de se colocar no lugar da criança, no lugar do outro”, explicou o Secretário Municipal de Transportes e Mobilidade, Diego Bolze Cigolini.

Depois da caminhada 

De acordo com a engenheira de tráfego Tânia Batistela Torres e com a professora de arquitetura da UniRitter Raquel Daroda, a oficina ajuda a pensar nas necessidades da população, principalmente das crianças. “É para promover ações de redesenho viário na região e depois na UBS e na Praça São Vicente. Criar um espaço para primeira infância e ter motivos para a população usar o local”, afirmaram. 

A diretora da Emei Pé de Moleque, Ana Paula de Oliveira, também participou da caminhada. “Vai ter um impacto positivo porque é o caminho deles para a escola. Eles vão chegar mais felizes e alegres”, afirmou a diretora sobre o impacto que o projeto pode ter. Ao final da atividade, a diretora pegou emprestado um dos periscópios para saber como os alunos se movimentam dentro da própria escola. 

Segundo a organização da oficina, as propostas para melhorar a locomoção na região começam a ser apresentadas em novembro junto a comunidade. Mas melhorias na sinalização já devem ser realizadas antes. 

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