Os moradores da Rua Dom João Bosco, no bairro Mato Grande, estão revoltados com o resultado de uma obra de canalização na rede de água, no leito da rua, realizada por equipes terceirizadas da Corsan, companhia responsável pelo abastecimento de água em Canoas.
Foto: Taís Forgearini/GES-Especial
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Entre as reclamações estão: calçadas quebradas, asfalto desnivelado, mangueiras de ligação de água expostas, bocas de lobo com a capacidade de drenagem reduzida e falta de recapeamento asfáltico em alguns pontos.
“É um absurdo. Tentamos falar com as equipes e não havia nenhum responsável que pudesse nos explicar o que estava sendo feito e como ficaria a situação após o término da obra. Eles quebraram nossas calçadas para a passagem das mangueiras, para tapar os buracos que fizeram na via, as equipes colocaram um piche, de péssima qualidade. Em menos de duas semanas, o asfalto já está cedendo e ‘esfarelando’. A longa exposição ao sol forte, o piche começa a grudar nos calçados”, lamenta o aposentado e morador da rua, Silvio Lemos Gössling.
Segundo os moradores, há mais de duas décadas, a canalização da rede de água antiga não apresentava problemas. “Não havia nenhum cano estourado ou danificado. Há mais de duas décadas, a rede foi feita na calçada. Na época, nos reunimos e compramos os canos. A Corsan fez a obra, mas os canos foram comprados por nós moradores. Esperamos reparação dos danos criados pela Corsan”, diz.
Moradores insatisfeitos e o que diz a Corsan
Para o aposentado Nilson Alves Ribeiro, 74 anos, morador há mais de 30 anos da rua, o serviço realizado pelas equipes, até o momento, é insuficiente. “Nunca vi um trabalho tão desleixado. Trocaram seis por meia dúzia e ainda deixaram prejuízo para os moradores. Aguardamos uma solução”, afirma.
Trechos da via estão com asfalto desnivelado e buracos
TaÃs Forgearini/GES-Especial
Nilson Ribeiro aponta problemas no serviço prestado pela Corsan
TaÃs Forgearini/GES-Especial
Rua Dom João Bosco
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Conforme a Corsan, a realização da obra é necessária para aumentar a pressão e vazão de água tratada no bairro. Em nota, a companhia informa que a obra orçada em R$ 250 mil não acarretará aumento de tarifa aos consumidores. “As duas redes (antiga e nova) terão operação em conjunto. A rede anterior não será desativada. A bitola dos canos com 50 milímetros de diâmetro, foi mantida.”
De acordo com a Corsan, as obras não foram concluídas e novas ligações serão feitas no local, com previsão de conclusão até o fim de abril. A companhia nega que os materiais utilizados sejam de qualidade inferior. “A Corsan trabalha com os insumos e materiais para assegurar qualidade nos serviços prestados”, diz em nota.
Segundo a empresa, a Rua Dom João Bosco passará por repavimentações e por reparos necessários para a manutenção das vias e calçadas danificadas pelo serviço das equipes.
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