“Decidi fazer um livro de ficção. O meu livro não é sobre a história da passarela da cabeça. É uma história inspirada nos fatos. Os personagens que envolvem morte são fictícios, são produtos da minha imaginação”, explica o autor do livro A Passarela da Cabeça, Hildebrando Pereira.
Lançado no fim de setembro, a obra escrita pelo canoense de 57 anos, morador do bairro Estância Velha, utiliza como referência o crime ocorrido em fevereiro de 1976, na passarela localizada sobre a BR-116, que liga o bairro Marechal Rondon ao Centro de Canoas.
Fã de Agatha Christie, Hildebrando recorda como surgiu o desejo e a ideia para o primeiro livro.
“Por causa do trabalho, morei por um tempo em Santo Ângelo, quando voltei para Canoas [em 2005], minhas filhas ainda eram crianças. Um dia comentei com as duas que determinado lugar ficava próximo à passarela da cabeça. Na época, elas não acreditaram e acharam que eu estava inventando. Pensaram ser uma lenda urbana. Foi quando decidi provar que era verídico”, relembra.
Para comprovar a história, ao longo dos anos, Hildebrando foi atrás dos fatos noticiados e do inquérito policial do caso.
“Fiz uma extensa pesquisa. Estive até no tribunal. A partir dos materiais revisitados, comecei a escrever um texto simples, apenas contando o que havia ocorrido para mostrar para minhas filhas a verdade. No entanto, no meio do processo, percebi lacunas na história. Para preencher e deixar a leitura mais atrativa, decidi inventar alguns personagens.”
Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais e auditor do Estado, Hildebrando maturou a ideia do livro após o conselho de um amigo.
“Ele leu o texto que eu havia feito e sinalizou que eu deveria transformar aquilo em livro. Quando se cria personagens, a ficção começa. Durante a pandemia, consegui encontrar tempo para produzir. Optei por fazer uma mistura com personagens reais e fictícios. Os reais são pessoas que não possuem ligação direta com o crime. O prefeito da época é um exemplo.”
Classificado pelo autor como um mistério do gênero romance policial, o livro A Passarela da Cabeça traz uma história fictícia com base em acontecimentos sobre o crime da passarela em 1976, o qual chocou a população gaúcha e gerou uma repercussão nacional.
“O leitor será instigado a descobrir quem é o assassino ou assassina. É uma história com elementos que contribuem para a narrativa e ambientação, que possui um mistério curioso e vai além do imaginário popular”, finaliza.
O livro físico está disponível na Amazon e em livrarias locais.
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