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MISTÉRIO

Obra criada por canoense mistura ficção com elementos do crime da passarela da cabeça

Intitulado A Passarela da Cabeça, o livro possui uma história inspirada no acontecimento de 1976

Taís Forgearini
Publicado em: 14/10/2024 às 18h:04 Última atualização: 14/10/2024 às 18h:16
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“Decidi fazer um livro de ficção. O meu livro não é sobre a história da passarela da cabeça. É uma história inspirada nos fatos. Os personagens que envolvem morte são fictícios, são produtos da minha imaginação”, explica o autor do livro A Passarela da Cabeça, Hildebrando Pereira.

Hildebrando na famosa "Passarela da Cabeça"



Hildebrando na famosa “Passarela da Cabeça”

Foto: Paulo Pires/GES

Lançado no fim de setembro, a obra escrita pelo canoense de 57 anos, morador do bairro Estância Velha, utiliza como referência o crime ocorrido em fevereiro de 1976, na passarela localizada sobre a BR-116, que liga o bairro Marechal Rondon ao Centro de Canoas.

Fã de Agatha Christie, Hildebrando recorda como surgiu o desejo e a ideia para o primeiro livro.

“Por causa do trabalho, morei por um tempo em Santo Ângelo, quando voltei para Canoas [em 2005], minhas filhas ainda eram crianças. Um dia comentei com as duas que determinado lugar ficava próximo à passarela da cabeça. Na época, elas não acreditaram e acharam que eu estava inventando. Pensaram ser uma lenda urbana. Foi quando decidi provar que era verídico”, relembra.

Para comprovar a história, ao longo dos anos, Hildebrando foi atrás dos fatos noticiados e do inquérito policial do caso.

“Fiz uma extensa pesquisa. Estive até no tribunal. A partir dos materiais revisitados, comecei a escrever um texto simples, apenas contando o que havia ocorrido para mostrar para minhas filhas a verdade. No entanto, no meio do processo, percebi lacunas na história. Para preencher e deixar a leitura mais atrativa, decidi inventar alguns personagens.”

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais e auditor do Estado, Hildebrando maturou a ideia do livro após o conselho de um amigo.

“Ele leu o texto que eu havia feito e sinalizou que eu deveria transformar aquilo em livro. Quando se cria personagens, a ficção começa. Durante a pandemia, consegui encontrar tempo para produzir. Optei por fazer uma mistura com personagens reais e fictícios. Os reais são pessoas que não possuem ligação direta com o crime. O prefeito da época é um exemplo.”

Classificado pelo autor como um mistério do gênero romance policial, o livro A Passarela da Cabeça traz uma história fictícia com base em acontecimentos sobre o crime da passarela em 1976, o qual chocou a população gaúcha e gerou uma repercussão nacional.

“O leitor será instigado a descobrir quem é o assassino ou assassina. É uma história com elementos que contribuem para a narrativa e ambientação, que possui um mistério curioso e vai além do imaginário popular”, finaliza.

O livro físico está disponível na Amazon e em livrarias locais.

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