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Melhorando

Níveis dos rios começam a baixar, mas problemas continuam para a população atingida

Guaíba baixou 17 centímetros na Capital nesta quinta-feira (28). Já em Canoas, Gravataí baixou 30 centímetros, enquanto o Rio dos Sinos se mantém estável e sem elevação, aponta a Defesa Civil

Publicado em: 28/09/2023 às 13h:50 Última atualização: 18/10/2023 às 20h:16
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A quinta-feira (28) começou com o surgimento do sol e trazendo um pouco de otimismo para os milhares de afetados pelas cheias que atingiram a Capital e também região metropolitana desde o início da semana.

Embarcações que fazem a travessia do Guaíba continuam paradas nesta quinta-feira (28)



Embarcações que fazem a travessia do Guaíba continuam paradas nesta quinta-feira (28)

Foto: GABRIEL RENNER/GES-ESPECIAL

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba, que assustou os porto-alegrenses na quarta-feira (28), caiu 17 centímetros, segundo a Defesa Civil, deixando a cota de inundação de 300 centímetros registrada 24 horas, conforme medição no Cais Mauá.

Embora a situação esteja melhor, os problemas, entretanto, perduram. Por questões de segurança e do fechamento da comporta do Cais Mauá, em razão do excesso de água, a CatSul interrompeu as operações do catamarã entre esta terça e quarta-feira.

Trabalhando como segurança no BarraShoppingSul, Carlos Eduardo Santos, 49 anos, costuma se valer da embarcação, ao chegar de trem na capital, para levá-la até o shopping. Teve que encarar o trânsito pesado devido à interrupção da popular travessia.

“Sei que tem muita gente que faz turismo, mas eu costumo usar para o trabalho”, diz. “Faz falta até porque o trânsito em Porto Alegre está cada vez pior. É um alívio, porque vou lendo o jornal. Não dá para comparar com o estresse no trânsito”.

A situação em Canoas também era melhor na manhã desta quinta-feira. Isso porque o Rio Gravataí baixou 20 centímetros. Já o Rio dos Sinos, se não baixou, ao menos se manteve na cota média de 1,81 metros de inundação.

“A expectativa é que, a partir de agora, a água apenas baixe, já que não temos, pelo menos até a semana que vem, mais previsão de chuva”, explica o secretário adjunto da Defesa Civil Igor Sousa. “Também não há mais o vento forte que estava represando a água contra a margem”.

Atualmente, 34 pessoas permanecem longe de casa, instaladas em abrigos improvisados em ginásios pela Prefeitura de Canoas. Além destas, há pelo menos uma dúzia de famílias que saíram de casa para se abrigar com parentes próximos até a água baixar, permitindo o retorno.

Alice Santana, 46 anos, deixou a casa em que vive com o marido, há cerca de um ano e meio, na Prainha do Paquetá, para se abrigar provisoriamente com a irmã, que mora no bairro Guajuviras, em uma área não afetada pela cheia dos rios.

“Como a casa é pequena, a minha irmã me abrigou e o meu marido ficou com um tio dele. Eu moro há pouco tempo na prainha e não imagina que isso poderia acontecer”, suspira. “Sei que muita gente lá está acostumada, mas fiquei apavorada quando a água começou a subir”.

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