Uma mulher em aparente estado de surto psicótico usou um extintor de incêndio para quebrar o vidro da porta do centro comercial Paseo da Imprensa, além do interfone e de uma câmera de segurança.
Foto: PAULO PIRES/GES
Ela acabou sendo detida pela Brigada Militar (BM) e encaminhada para o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), onde foi atendida devido aos ferimentos causados durante o ataque.
A mulher acabou sendo identificada como uma pessoa em situação de rua, o que deixa a ocorrência, registrada na madrugada de domingo (27), inserida em um quadro social que ganha cada vez mais atenção na cidade.
O caso no prédio Paseo da Imprensa, no bairro Marechal Rondon, ilustra o que para moradores da área já é um problema identificado há meses na batizada Praça da Imprensa, que fica junto ao centro comercial.
O local torna-se, ao longo da madrugada, em uma reunião de pessoas que consomem álcool e drogas, não raro descambando para algum tipo de violência contra eles mesmos ou o patrimônio público e particular.
“O que anda acontecendo na praça não é brincadeira”, observa o síndico Maurício Leffa de Pinho. “A situação é complicada e é preciso que as autoridades garantam algum tipo de solução ao problema”.
Trabalhando na portaria do Paseo da Imprensa, Andressa Machado relata que os problemas no local causam preocupação. A trabalhadora inclusive aponta que a mulher responsável pelo ataque é vista com frequência na área.
“Eles tomam muita cachaça e até acendem fogueira na praça. Esta mulher que surtou já foi vista várias vezes. Só ninguém esperava que iria surtar e arrancar o extintor de incêndio da parede para quebrar tudo”.
Segundo Robson Borges, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Assistência Social, a Praça da Imprensa já está no roteiro da chamada Busca Ativa, mantida pela Prefeitura de Canoas, durante as noites, para tirar das ruas pessoas em situação de vulnerabilidade.
As rondas no local, contudo, serão ampliadas tendo em vista os novos relatos.
“A Praça da Imprensa já está incluída no nosso roteiro, mas vamos voltar ao local e dar um pouco mais de atenção diante do que aconteceu”, avisa. “Sempre deixando claro que a pessoa pode ou não aceitar o acolhimento. Não há como retirá-la do local”.
LEIA TAMBÉM
