CATÁSTROFE NO RS
MPRS solicita que bebê prematuro troque de abrigo em Canoas
Ação civil pública foi ajuizada pelo MPRS contra a Prefeitura solicitava que família fosse direcionada para um local com condições adequadas
Última atualização: 23/05/2024 20:13
Além de ter que lidar com os cuidados de um bebê prematuro, o casal de venezuelanos Yolgelis Fernandez, 23 anos e Andiel de Jesus, 26, sofre por ter que percorrer abrigos atrás de uma melhor estrutura para a filha Aysha. A bebê nasceu de cesariana no dia 25 de abril, quando a mãe estava com 30 semanas de gestação. Enquanto a filha estava internada no Hospital Universitário da Ulbra por quase 30 dias, os pais ficaram alojados no prédio 55 da Ulbra.
A criança teve alta nesta quarta-feira (22), quando começou a peregrinação da família que teve, inclusive, uma ação ajuizada pelo Ministério Público ontem. Do abrigo da Ulbra, eles foram para o Centro Social Urbano São José. "Dormimos junto com outras pessoas. Não havia lugar individual para acomodar nossa bebê que necessita de acompanhamento especial", relata o pai.
A ação civil pública foi ajuizada pelo MPRS contra a Prefeitura de Canoas para que a família fosse direcionada para um local com condições adequadas.
Na tarde desta quinta-feira (23), o casal e a filha foram novamente transferidos. Agora para um quarto no HU. "Ainda não sabemos por quanto tempo poderemos ficar, mas com essa decisão estamos mais aliviados", diz a mãe.
Risco para saúde de mãe e filha
O promotor de Justiça João Paulo Fontoura de Medeiros, autor da ação, diante da situação de extrema urgência e gravidade, inclusive com risco de comprometimento da vida e da saúde da mãe e da bebê, fez pedido de tutela antecipada. Na ação, ele destacou que mãe e filha não podiam ficar "em um corredor de acesso ao público, ao lado de animais domésticos, diga-se, de passagem: num ginásio".