ENCHENTE: Moradora acorda com cama boiando e se desespera: "Pensei que morreria afogada"

A emergência devido às cheias em Canoas não se resume às conhecidas áreas da Prainha do Paquetá e Rua da Barca. Isso porque a cheia do Rio Gravataí também vem causando prejuízos.

Moradora da Rua General Sebastião Barreto, Daniela Lopes, 55 anos, acabou sendo surpreendida pela força da água. Ela conta que acabou acordando com a cama boiando no meio da madrugada de segunda-feira.

“Eu pensei que morreria afogada”, relata. “Nunca vi a água subir desse jeito. De repente, tive que sair de casa correndo e ver tudo sendo destruído dentro de casa. Não sobrou quase nada.”

Daniela conseguiu auxílio com um vizinho para permanecer abrigada na noite desta segunda-feira. Ela disse já estar em contato com a Defesa Civil e a Subprefeitura, que prometeram garantir estrutura para os próximos dias.

“O pessoas veio e nos atendeu muito bem, mas ninguém sabe dizer ao certo quando vou conseguir voltar para a minha casinha”, lamenta. “É brabo a gente ver uma vida inteira assim apodrecendo debaixo d’água”.

São 113 desabrigados

Por meio do Escritório de Comunicação (Ecom), a Prefeitura de Canoas informa que há 113 desabrigados na cidade. Todos recebem assistência do Município, com abrigos colocados à disposição.

O trabalho da Defesa Civil nesta terça-feira se concentra em atender as demandas passadas pela população em áreas consideradas de risco. Apesar dos prejuízos, felizmente, não há registro de feridos devido às cheias em Canoas.