Uma semana depois que um ciclone atingiu o Estado, causando um volume de chuva fora do comum em cidades do Rio Grande do Sul, há áreas que permanecem debaixo d’água em Canoas.
A população ribeirinha que vive na Prainha do Paquetá, por exemplo, continua se valendo de barcos, já que a água do Rio dos Sinos ainda não baixou e não há outro meio de transporte para entrar e sair de casa.
Morando na Prainha do Paquetá há cinco anos, Alinor Antunes Magalhães, também conhecido na comunidade como Aladdin, cansou de molhar os pés em um pequeno caiaque que mantinha junto à moradia. O trabalhador de 40 anos resolveu arregaçar as mangas e criar uma solução para o problema: usou uma antiga geladeira LG para construir um barco que garantisse o transporte de duas pessoas.
“Criei o modelo baseado em um anfíbio que vi em um programa americano”, explica. “Já faz dias que estou remando em uma geladeira e a maioria só abana e nem percebe”, brinca.
Audacioso, Magalhães fala que o modelo ainda é um protótipo, que está sendo trabalhado para virar algo como os populares “pedalinhos”, como os que existem no Parque da Redenção, na capital.
“Estou muito feliz com o que inventei e quero criar mais”, avisa. “Quero que seja igual aos pedalinhos, mas por enquanto está servindo. Eu me molhava todo no caiaque, agora consigo sair de casa sequinho.”
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