Meses após temporal, cidade ainda tem lixo para recolher nas ruas

O que sobrou da queda de árvores e galhos é um problema que ainda atinge a cidade, mesmo dois meses depois do temporal de 16 de janeiro, um dos piores eventos climáticos a atingir a cidade nos últimos anos. A demora em finalizar a limpeza do rastro do temporal tem duas justificativas, de acordo com o coordenador do mutirão de limpeza da Prefeitura, Márcio Bittencourt de Oliveira, que é assessor superior do gabinete do prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques.

A primeira questão que Oliveira destaca sobre o tempo para finalização da limpeza é o fato das equipes, logo após o temporal, e devido à situação de calamidade, terem priorizado outras três ações que antecederam o mutirão.

“Primeiro foi priorizada a desobstrução desobstrução de árvores caídas de ruas e avenidas, Depois, foi necessário focar na retirada de galhos na rede elétrica. A terceira etapa foi a limpeza de 63 escolas atingidas pelo temporal. Essa ação foi necessária devido à proximidade da volta às aulas”, explicou. O assessor afirma que foi somente depois dessas etapas que o mutirão teve início, em 26 de fevereiro, nos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças.

A outra dificuldade apontada por ele é questão do descarte irregular de lixo. Segundo ele, muito lixo extra foi somado ao do temporal. “Nos bairros Nossa Senhora das Graças e Niterói o percentual de lixo irregular não foi muito alto, ficou próximo de 15%. Mas nos bairros Mathias Velho e Harmonia, onde a equipe trabalha nesta semana, tem 10% de lixo referente ao temporal e 90% é lixo irregular. Se não fosse isso, já tínhamos finalizado a limpeza em 30 dias”, garante.

O assessor comenta que durante o trabalho as equipes percebem que muitas pessoas podaram árvores e colocaram o lixo junto. De acordo, Oliveira, o mutirão tem previsão de ser finalizado até 25 de abril.

Descarte ilegal

Houve uma antecipação de 15 dias no cronograma, para atender a demanda do quadrante noroeste, onde há muito lixo irregular. Simultaneamente, o mutirão está recolhendo sujeira nos bairros Rio Branco, Fátima e Mato Grande, conforme cronograma estabelecido previamente.

Em 20 dias, o Mutirão de Limpeza contabiliza o recolhimento de 1.394 caçambas de caminhão de resíduos de áreas públicas da cidade, ou seja, 10.193 toneladas retiradas apenas das regiões Nordeste, Sudeste e Centro. Desse total, 70%, ou seja, sete mil toneladas, eram de lixo descartado irregularmente. 

A ação é coordenada pelo Gabinete do Prefeito e reúne equipes das secretarias do Meio Ambiente, Serviços Urbanos e Obras e subprefeituras.