Pela inclusão
Manifestação pacífica interrompe o trânsito em uma das principais vias do Centro de Canoas
Mães atípicas organizaram protesto, na manhã desta quinta-feira (25), com uma caminhada que parou a Rua 15 de Janeiro. Luta é por mais condições na saúde e educação
Última atualização: 26/03/2024 17:09
Durante muito tempo, Fátima Melo se resignou a apenas chorar. Não compreender a comunicação do filho Fernando era sinônimo de impotência, ela lembra. O menino sofre com deficiência auditiva e ela acabava não entendo nada o que queria.
A solução surgiu por meio da educação. Aos 50 anos, Fátima aprende libras e consegue se comunicar com Fernando. O menino de 8 anos está no 3º ano da Escola Municipal Vitória, com atendimento especializado.
"Minha vida mudou completamente e a dele também", afirma. "Não adianta colocar o Fernando em uma sala para estudantes regulares. Não funciona. Ele acaba excluído. As crianças não brincam com ele e chamam de doente. Só a educação especializada funciona".
Por uma estrutura mais inclusiva do ensino, um grupo de mães atípicas se reuniu, na manhã desta quinta-feira (25), para uma manifestação pacífica que parou uma das principais vias do Centro de Canoas: a 15 de Janeiro.
Com faixas e cartazes pedindo mudanças e melhorias de condições para adultos e crianças com deficiência. As reivindicações vão desde uma estruturação mais adequada nas instituições até pedidos por maior acessibilidade nos prédios públicos.
"Existe o Estatuto da Pessoa com Deficiência, mas o que está na lei não é cumprido", reclama Marli Oliveira, que tem uma filha de 12 anos com paralisia cerebral. "Porque se seguissem tudo direitinho, como o Estatuto prevê, a gente precisaria ir para a rua gritar. A inclusão mesmo está no papel".
Acessibilidade difícil
E a luta não é apenas das crianças. A cadeirante Elisabete Ramos Lima, 56 anos, participou da manifestação, porque sentiu que a causa é justa. Falta suporte por parte da gestão pública. A questão da acessibilidade não avança, segundo ela.
"Entendo que um prédio particular antigo oferece dificuldade, mas o problema é que a gente vai a prédios públicos em Canoas que não oferecem qualquer condição ao cadeirante", aponta. "O adulto sofre muito, porque sofre muito para cumprir até mesmo a tarefa mais simples na rua".
Diálogo garantido
As manifestantes se reuniram em frente a sede da Prefeitura de Canoas chamando pelo prefeito Jairo Jorge. Acabaram sendo recebidas pela secretária de Educação, Beth Colombo, que as atendeu e convidou para uma conversa no auditório da administração.
Por meio da assessoria de comunicação, a Prefeitura de Canoas avisou a reportagem que vai se manifestar em breve a respeito das reivindicações formuladas na pauta das mães atípicas de Canoas.
Durante muito tempo, Fátima Melo se resignou a apenas chorar. Não compreender a comunicação do filho Fernando era sinônimo de impotência, ela lembra. O menino sofre com deficiência auditiva e ela acabava não entendo nada o que queria.
A solução surgiu por meio da educação. Aos 50 anos, Fátima aprende libras e consegue se comunicar com Fernando. O menino de 8 anos está no 3º ano da Escola Municipal Vitória, com atendimento especializado.
"Minha vida mudou completamente e a dele também", afirma. "Não adianta colocar o Fernando em uma sala para estudantes regulares. Não funciona. Ele acaba excluído. As crianças não brincam com ele e chamam de doente. Só a educação especializada funciona".
Por uma estrutura mais inclusiva do ensino, um grupo de mães atípicas se reuniu, na manhã desta quinta-feira (25), para uma manifestação pacífica que parou uma das principais vias do Centro de Canoas: a 15 de Janeiro.
Com faixas e cartazes pedindo mudanças e melhorias de condições para adultos e crianças com deficiência. As reivindicações vão desde uma estruturação mais adequada nas instituições até pedidos por maior acessibilidade nos prédios públicos.
"Existe o Estatuto da Pessoa com Deficiência, mas o que está na lei não é cumprido", reclama Marli Oliveira, que tem uma filha de 12 anos com paralisia cerebral. "Porque se seguissem tudo direitinho, como o Estatuto prevê, a gente precisaria ir para a rua gritar. A inclusão mesmo está no papel".
Acessibilidade difícil
E a luta não é apenas das crianças. A cadeirante Elisabete Ramos Lima, 56 anos, participou da manifestação, porque sentiu que a causa é justa. Falta suporte por parte da gestão pública. A questão da acessibilidade não avança, segundo ela.
"Entendo que um prédio particular antigo oferece dificuldade, mas o problema é que a gente vai a prédios públicos em Canoas que não oferecem qualquer condição ao cadeirante", aponta. "O adulto sofre muito, porque sofre muito para cumprir até mesmo a tarefa mais simples na rua".
Diálogo garantido
As manifestantes se reuniram em frente a sede da Prefeitura de Canoas chamando pelo prefeito Jairo Jorge. Acabaram sendo recebidas pela secretária de Educação, Beth Colombo, que as atendeu e convidou para uma conversa no auditório da administração.
Por meio da assessoria de comunicação, a Prefeitura de Canoas avisou a reportagem que vai se manifestar em breve a respeito das reivindicações formuladas na pauta das mães atípicas de Canoas.
A solução surgiu por meio da educação. Aos 50 anos, Fátima aprende libras e consegue se comunicar com Fernando. O menino de 8 anos está no 3º ano da Escola Municipal Vitória, com atendimento especializado.