Solução

Mais de 50% do entulho acumulado do Parcão já foi retirado, segundo a Prefeitura de Canoas

Estimativa é por mais uma semana de trabalho para que o Parque Eduardo Gomes esteja livre do lixo, aponta a administração

Publicado em: 29/08/2024 13:31
Última atualização: 29/08/2024 13:31

Será necessária, pelo menos, mais uma semana para que as toneladas de entulhos depositados no Parque Eduardo Gomes deixem o local.

Movimento de remoção é constante e montanhas de entulhos já sumiram do Parcão Foto: PAULO PIRES/GES

A estimativa é da Prefeitura de Canoas, que aponta já terem sido removidos mais de 50% do montante de 120 mil metros cúbicos de resíduos acumulados no Parcão.

Conforme a contagem da administração, o material retirado do Eduardo Gomes equivale a mais de 40 mil toneladas de resíduos.

Quem circula pelo Parque Eduardo Gomes, pode observar o movimento contínuo de caminhões, escavadeiras e homens na remoção do material.

São dezenas de máquinas e homens em frentes de trabalho que se dividem entre o material no estacionamento e aquele depositado na área de lazer.

Parte do Parcão passou a servir de depósito para resíduos a partir de junho, quando a administração deu início à limpeza das ruas após a água acumulada nos bairros baixar.

Em julho, no entanto, a área deixou de receber o material descartado devido à solicitação da Base Aérea de Canoas (Baco) por conta do risco de urubus sobrevoando o espaço aéreo.

A situação criada pelo transbordo e a consequente demora no transporte do material chegou a ser questionadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

O lixo levado por enormes caminhões vistos saindo do Parcão a todo momento está sendo levando para Santo Antônio da Patrulha, segundo a Prefeitura.

Mau cheiro

Morador do bairro Fátima, André Luiz Coimbra costuma caminhar no parque. Já acostumado à nova paisagem, lamenta somente ainda conviver com o mau cheiro.

A Prefeitura de Canoas havia estabelecido prazo para o recolhimento do material na área, mas ele acabou sendo estendido devido ao grande volume de serviço.

“Agora o serviço está andando e a gente vê os caras trabalharem dia e noite para tirar o lixo”, confirma. “Só que quem mora ainda precisa conviver com cheiro ruim”.

O aposentado de 71 anos observa com tristeza que todos os entulhos acumulados são pertences de vidas inteiras que se transformaram em montanhas que ninguém mais quer ver.

“Eu consegui ficar na casa do meu guri quando a água entrou em casa, mas mesmo assim é triste olhar os brinquedos e roupinhas de criança podres no meio desse lixo”.

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