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BATE-PAPO ACOLHEDOR

Mães de filhos com deficiências falam sobre desafios, empatia e inclusão em encontro em Canoas

Encontro foi coordenado pelo Núcleo de Acessibilidade da Ulbra

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Publicado em: 14/12/2023 às 09h:29 Última atualização: 14/12/2023 às 09h:40
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Uma conversa acolhedora e inspiradora sobre as experiências vividas por mães que possuem filhos com deficiência. Empatia na Inclusão. Este foi o tema do encontro que lotou o auditório da Odontologia, no prédio 59 da Ulbra Canoas, na tarde desta quarta-feira (13). O bate-papo inclusivo, que cativou o público, teve a participação da escritora Denise Quadrado, que apresentou o livro “Down ao Quadrado – As descobertas e os desafios de ser mãe de dois filhos com Síndrome de Down”.

Mães de filhos com deficiências falam sobre desafios, empatia e inclusão



Mães de filhos com deficiências falam sobre desafios, empatia e inclusão

Foto: Divulgação

Também fizeram parte da mesa-redonda Ana Moraes, presidente da Apae Canoas e Nova Santa Rita; Vitalina da Silva Dorneles, mãe do aluno Pedro Dorneles da Costa, atendido pela Associação Pestalozzi; e Magali Vargas, orientadora educacional, mãe do colaborador da Ulbra Pedro Augusto. O mediador foi o pastor Maximiliano Wolfgramm Silva, capelão-geral da Aelbra/Ulbra.

Conforme a coordenadora Gisele Becker, o Núcleo de Acessibilidade da Ulbra é composto por um conjunto de ações, muitas abrangidas por leis, que garantem a participação de todos os membros da sociedade. Abrange um olhar firmado no compromisso com as pessoas, possibilitando que as práticas e políticas vislumbrem a inclusão na sua plenitude, acrescenta.

O objetivo geral é garantir a acessibilidade de forma igualitária à comunidade acadêmica da Ulbra, diz Gisele, e desenvolver pesquisas e projetos comunitários que possam subsidiar organizações públicas e privadas envolvidas com as pessoas com deficiência.

O tema “Down ao Quadrado – As descobertas e os desafios de ser mãe de dois filhos com Síndrome de Down”, título do livro da autora Denise Pacífico Quadrado, causou empatia geral no público. Mãe da Samanta e do Victor Hugo, ela falou sobre preconceito, inclusão e a experiência de ter dois filhos com Síndrome de Down.

Sobre o que motivou a publicação do livro, Denise disse que “quando meus dois filhos ainda eram bem pequenos, eu já refletia sobre escrever nossa história”. O objetivo da obra, segundo a autora, “é para que todas as famílias de pessoas com deficiência possam ter como um alento, ou uma forma de apoio em momentos de desânimo, apreensão ou, até mesmo, tristeza”.

A escritora diz que pensou, em especial, nas famílias como as presentes no encontro na Ulbra Canoas para que pudessem enxergar que nem tudo está perdido, que nem tudo será um grande problema, mas que, com cuidado, atenção e direcionamento, pode caminhar muito bem. “Eu estou muito feliz, me sentindo acolhida”, acrescentou a autora.

“Esse evento é muito importante, porque quanto mais se fala sobre essa questão, esse tema da inclusão, mais as pessoas escutam e tentam refletir um pouco a respeito e, quem sabe, talvez mudem a própria postura em relação àqueles que são um pouco diferentes”, ressalta Denise.

Magali Vargas, mãe do colaborador da Ulbra Pedro Augusto, diz que “minha formação acadêmica é Pedagogia, especialização em orientação educacional, e tive muito orgulho e prazer de ser convidada para esse evento. Meu filho é colaborador da Ulbra há 15 anos e trabalha no setor de correspondência”.

Ela destaca o quanto faz a diferença os acolhimentos como o que o filho Pedro recebe na Ulbra. “A vida é um aprendizado. O momento de hoje é um enriquecimento a mais para o nosso conhecimento sobre pessoas especiais”, garante.

Vitalina, mãe de João Pedro, que tem Síndrome de Down, afirma que “é muito importante uma oportunidade como a de hoje. Precisamos falar para o mundo todo o que a gente passa e sofre com os preconceitos, mas também sobre as alegrias que nossos filhos proporcionam.”

“Não sou mãe, mas perdi um bebê com Síndrome de Down. Como representante da Apae, enfatizo a importância deste encontro sobre empatia na inclusão. O tema tem que ser debatido com todas as esferas da sociedade. Nós falamos muito sobre inclusão, acessibilidade, mas não notamos tanta empatia”, conclui a presidente da Apae de Canoas e Nova Santa Rita.

O encontro teve como entidades parceiras a Associação Pestalozzi de Canoas, Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic), Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef), Apae e ONG Chimarrão da Amizade.

Entre os presentes na solenidade estavam o reitor da Ulbra RS, Thomas Heimann; e Iara Romanoski, esposa do vice-presidente da Aelbra, Antonio Carlos Romanoski. O grupo de dança da Associação Pestalozzi, comandado pela professora Monick Solano, fez uma apresentação artística.

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