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Lojas registram alta procura por eletrodomésticos e móveis em Canoas

Sexta-feira foi marcada por filas e grande fluxo de pessoas no Calçadão da cidade

Publicado em: 31/05/2024 18:43
Última atualização: 31/05/2024 18:43

As lojas de eletrodomésticos e móveis no Calçadão de Canoas registraram um aumento de consumidores nesta sexta-feira (31). A mudança de comportamento é explicada por dois fatores: o pagamento de benefícios sociais e o retorno gradual das pessoas atingidas pela enchente para suas casas. Embora o dia de vendas tenha sido acima das expectativas, o último dia do mês não reflete a situação enfrentada pelos canoenses em maio.


Movimentação intensa no Calçadão Foto: Taís Forgearini/GES-Especial

Em alguns estabelecimentos, o atendimento precisou ser feito mediante fila e portas fechadas. Os clientes tinham que aguardar a vez para entrarem no interior da loja para verificar disponibilidade e preço dos produtos.

Moradora do bairro Harmonia, Nilsa da Silva, 52, foi até o centro da cidade em busca de um fogo elétrico com duas bocas e colchões. "Em uma das lojas não tinha estoque, na outra, o valor estava "salgado". Continuarei procurando. Na minha opinião, os produtos estão mais caros. As variedades também estão escassas" frisa a aposentada.

Nilsa conta que conseguiu retornar nesta semana para casa. "Fiquei quase 30 dias sem acesso. Estava tudo alagado. Não sobrou nada de móveis e eletrodomésticos, tudo foi perdido. Me recuso a pagar preços acima do que considero aceitável. Nesse momento, a pesquisa de valores será essencial. Fui surpreendida com produtos caros, os mais baratos estão escassos", diz.

Marcia Vasconcellos, 58, reclamou da falta de estoque de alguns produtos. "Os fogões e as máquinas de lavar que encontrei com preço razoável, não nem barato, são apenas ok, só tinham disponibilidade de entrega para daqui a sete dias. Para entrega em até um dia, só achei produto com preço fora do meu orçamento", relata.

Consultora de vendas em uma loja no Calçadão, Sabrina Ramos, fala sobre o atual cenário. "Os produtos mais em conta venderam muito mais rápido. Estamos renovando os estoques dentro do possível. Observamos que a maioria das pessoas há tempos não necessitava trocar um móvel ou eletrodomésticos e isso se reflete no espanto com alguns preços", explica.

Para a profissional, a demanda deverá aumentar gradativamente nas próximas semanas. "À medida que mais pessoas conseguem retornar para a casa e receber auxílio financeiro dos programas, a tendência é crescer a procura por produtos mais acessíveis", finaliza.

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