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Letreiros instalados nos bairros de Canoas geram controvérsia entre moradores da cidade
Há quem avaliou como muito bem-vinda a iniciativa da Prefeitura; e também quem achou um desperdício de dinheiro público. Custo das letras nos bairros Rio Branco, Niterói e Mathias Velho foi de R$ 84.800 mil
Última atualização: 23/01/2024 11:17
É claro que há controvérsia nos bairros entre os moradores. Há quem avalie a instalação de letreiros como uma bela iniciativa e também quem aponte gasto desnecessário dos cofres públicos. No bairro Mathias Velho, houve a colocação na Praça Pio X, localizada bem na primeira rótula do bairro.
"Se o Guajuviras pode ter um letreiro na entrada, por que é que o Mathias Velho não pode?", brincou Alessandro Meirelles. O comerciante de 49 anos classificou como "louvável" a medida, ressaltando que a maioria da população do Mathias Velho se orgulha do bairro. "Já vi pessoas até tirando selfie no letreiro", aponta. "Achei muito bem-vinda a ideia".
Também morador do Mathias, o aposentado Lourenço Bastos, por outro lado, apontou uma série de problemas estruturais enfrentados pelo bairro. Todos mais importantes, na opinião dele, que o letreiro instalado.
"Sei que chegam verbas para a Prefeitura de Canoas que só servem para fazer determinadas coisas, mas é um absurdo que os caras se preocupem com letreiro e deixem a saúde às moscas como está", reclama. "Não sei quanto gastaram, mas imagino que poderiam ter aparelhado um posto de saúde".
Já no bairro Rio Branco, os letreiros foram instalados na Avenida Mauá, principal via de acesso para quem chega de Canoas vindo de Porto Alegre. Proprietário de uma estofaria, Daniel Corrêa diz que enfim ganhou o ponto de referência que seu negócio tanto precisava.
"Agora posso dizer que a minha estofaria fica logo passando o letreiro do Rio Branco, à esquerda, para quem vem de Porto Alegre", comemora o trabalhador de 52 anos.
Morador da Avenida Mauá, Sérgio Gabriel Monteiro aponta que o letreiro é mais um exemplo de desperdício de dinheiro público.
"Li que estes letreiros custaram quase R$ 100 mil. Não dá para acreditar em tamanho desperdício. A gente está pedindo uma lombada eletrônica na Mauá há anos, mas eles dizem que não têm dinheiro, mas letreiro eles têm".
Quem vive ou trabalha no Niterói reclama somente do local onde foi instalado o letreiro. A área na Praça da Rua Venâncio Aires, próxima à Estação Fátima, é considerada inadequada.
"Ficou em uma área intermediária e de pouca visibilidade", critica o comerciante Joel Heleno Fraga. "Achei legal a iniciativa, mas escolheram o lugar errado", completou o trabalhador de 55 anos.
Sensação de 'pertencimento' na comunidade
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Paulo Ritter, o objetivo da iniciativa era gerar uma relação de identidade da população com cada bairro, gerando uma sensação de "pertencimento" na população.
"É um projeto em que tentamos criar um sentimento de orgulho da população em ser canoense e morador de determinado bairro", frisa. "Essa iniciativa reforça a sensação de pertencimento em suas comunidades".
Ritter aponta não haver um cronograma de instalação de mais letreiros em outros bairros da cidade. Isso por o projeto ser experimental e primeiro a administração municipal quer receber o retorno de aceitação da comunidade.
"Houve a contratação de uma empresa que executou o trabalho. Baseado no retorno que recebermos, vamos avaliar sobre a instalação de novos letreiros. O que está definido é que antes só um bairro tinha letreiro e agora tem em mais três".
Parece caro, mas não é
Sobre os custos, a instalação dos letreiros saiu pelo montante de R$ 84.800. Embora o valor possa parecer "caro", o secretário Ritter explica que cada letreiro foi criado seguindo o modelo daquele instalado no Guajuviras desde 2010.
"Tudo foi executado com uma base de concreto que teve cada letra chumbada. Não dá para arrancar as letras e não vai ser o vento que irá derrubar".
Ponto importante
Ainda segundo o secretário Ritter, a escolha do local no Niterói partiu por ser aquela uma região hoje considerada importantíssima para a comunidade.
"Se a gente instalasse lá onde está o letreiro de Canoas, na entrada da cidade, iria dar um conflito", explica. "Porém, ali onde ficou é onde antes era conhecido como Vila Fernandes, ou seja, um importante ponto para o bairro e que em breve será revigorado".
É claro que há controvérsia nos bairros entre os moradores. Há quem avalie a instalação de letreiros como uma bela iniciativa e também quem aponte gasto desnecessário dos cofres públicos. No bairro Mathias Velho, houve a colocação na Praça Pio X, localizada bem na primeira rótula do bairro.
"Se o Guajuviras pode ter um letreiro na entrada, por que é que o Mathias Velho não pode?", brincou Alessandro Meirelles. O comerciante de 49 anos classificou como "louvável" a medida, ressaltando que a maioria da população do Mathias Velho se orgulha do bairro. "Já vi pessoas até tirando selfie no letreiro", aponta. "Achei muito bem-vinda a ideia".
Também morador do Mathias, o aposentado Lourenço Bastos, por outro lado, apontou uma série de problemas estruturais enfrentados pelo bairro. Todos mais importantes, na opinião dele, que o letreiro instalado.
"Sei que chegam verbas para a Prefeitura de Canoas que só servem para fazer determinadas coisas, mas é um absurdo que os caras se preocupem com letreiro e deixem a saúde às moscas como está", reclama. "Não sei quanto gastaram, mas imagino que poderiam ter aparelhado um posto de saúde".
Já no bairro Rio Branco, os letreiros foram instalados na Avenida Mauá, principal via de acesso para quem chega de Canoas vindo de Porto Alegre. Proprietário de uma estofaria, Daniel Corrêa diz que enfim ganhou o ponto de referência que seu negócio tanto precisava.
"Agora posso dizer que a minha estofaria fica logo passando o letreiro do Rio Branco, à esquerda, para quem vem de Porto Alegre", comemora o trabalhador de 52 anos.
Morador da Avenida Mauá, Sérgio Gabriel Monteiro aponta que o letreiro é mais um exemplo de desperdício de dinheiro público.
"Li que estes letreiros custaram quase R$ 100 mil. Não dá para acreditar em tamanho desperdício. A gente está pedindo uma lombada eletrônica na Mauá há anos, mas eles dizem que não têm dinheiro, mas letreiro eles têm".
Quem vive ou trabalha no Niterói reclama somente do local onde foi instalado o letreiro. A área na Praça da Rua Venâncio Aires, próxima à Estação Fátima, é considerada inadequada.
"Ficou em uma área intermediária e de pouca visibilidade", critica o comerciante Joel Heleno Fraga. "Achei legal a iniciativa, mas escolheram o lugar errado", completou o trabalhador de 55 anos.
Sensação de 'pertencimento' na comunidade
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Paulo Ritter, o objetivo da iniciativa era gerar uma relação de identidade da população com cada bairro, gerando uma sensação de "pertencimento" na população.
"É um projeto em que tentamos criar um sentimento de orgulho da população em ser canoense e morador de determinado bairro", frisa. "Essa iniciativa reforça a sensação de pertencimento em suas comunidades".
Ritter aponta não haver um cronograma de instalação de mais letreiros em outros bairros da cidade. Isso por o projeto ser experimental e primeiro a administração municipal quer receber o retorno de aceitação da comunidade.
"Houve a contratação de uma empresa que executou o trabalho. Baseado no retorno que recebermos, vamos avaliar sobre a instalação de novos letreiros. O que está definido é que antes só um bairro tinha letreiro e agora tem em mais três".
Parece caro, mas não é
Sobre os custos, a instalação dos letreiros saiu pelo montante de R$ 84.800. Embora o valor possa parecer "caro", o secretário Ritter explica que cada letreiro foi criado seguindo o modelo daquele instalado no Guajuviras desde 2010.
"Tudo foi executado com uma base de concreto que teve cada letra chumbada. Não dá para arrancar as letras e não vai ser o vento que irá derrubar".
Ponto importante
Ainda segundo o secretário Ritter, a escolha do local no Niterói partiu por ser aquela uma região hoje considerada importantíssima para a comunidade.
"Se a gente instalasse lá onde está o letreiro de Canoas, na entrada da cidade, iria dar um conflito", explica. "Porém, ali onde ficou é onde antes era conhecido como Vila Fernandes, ou seja, um importante ponto para o bairro e que em breve será revigorado".
É claro que há controvérsia nos bairros entre os moradores. Há quem avalie a instalação de letreiros como uma bela iniciativa e também quem aponte gasto desnecessário dos cofres públicos. No bairro Mathias Velho, houve a colocação na Praça Pio X, localizada bem na primeira rótula do bairro.