SAÚDE
Leptospirose preocupa após as chuvas e os alagamentos em Canoas
Prefeitura emitiu alerta epidemiológico semana passada
Última atualização: 29/01/2024 10:20
Em Canoas, a intensidade dos recentes temporais não trouxe somente prejuízos materiais para as famílias que sofreram com os alagamentos. O acúmulo de água da chuva resulta, também, em preocupação com uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Em vista disso, ainda que não se tenha casos confirmados, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu alerta epidemiológico para a leptospirose.
O médico veterinário e técnico da Equipe de Controle de Zoonoses da SMS Roger Halla informa que o alerta foi publicado levando em conta as condições climáticas e os últimos alagamentos, que propiciam a disseminação e mantêm a persistência da bactéria causadora da doença.
"Para um diagnóstico eficiente com pretensão de evitar a mortalidade pela leptospirose, principalmente de moradores que se expuseram aos alagamentos, é importante que os exames e o tratamento sejam instituídos precocemente", alerta Halla.
Ele orienta, ainda, que todo o paciente que apresente sintomas e esteve em contato com alagamentos busque atendimento e uma avaliação médica imediata para iniciar o tratamento adequado.
Neste ano, em Canoas, houve somente notificação de casos suspeitos e em investigação. Nenhum caso foi confirmado até o momento. Para informações e esclarecimentos, a população pode entrar em contato com a Vigilância em Saúde, de segunda a sexta-feira, pelo telefone 3236-1600, ramal 5094.
Sinais e sintomas
Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas pode se infectar. Essas bactérias presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.
O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose. O período de incubação da doença, em média, é de 7 a 14 dias após o contato com as águas.
Os casos suspeitos apresentam sinais e sintomas de processo infeccioso como febre alta súbita e persistente, cefaleia, dor muscular principalmente na região lombar e panturrilha, mal-estar, prostração, calafrios, alterações de volume urinário, icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas), hemorragias e/ou alterações hepáticas.