Os 250 estudantes canoenses selecionados no programa estadual Partiu Futuro Reconstrução começam a trabalhar em repartições públicas como jovens aprendizes a partir desta segunda-feira (6). Para marcar esta nova etapa do projeto, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL) organizou uma recepção para 22 alunos e alunas que vão atuar na pasta.
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Foto: Paulo Pires/GES
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Com dinâmica de dança e uma mesa de lanches, os jovens foram recebidos no Centro Olímpico Municipal (COM), no bairro Igara, pelos futuros colegas de trabalho. Eles foram informados sobre quais funções vão exercer no dia a dia na secretaria.
Uma das novas funcionárias da SMEL, a estudante do 1º ano do ensino médio Gyselle Wanke Evangelista, 16 anos, está ansiosa para começar na função. “Acho que é uma boa oportunidade para quem está começando. O pessoal é bem animado e é bom trabalhar com pessoas assim”, destaca.
Ela vai ser colega do aluno do 9º ano do fundamental Brayan Gustavo Pereira, 15 anos, que está contente com o local de trabalho. “Eu gostei porque é o meu primeiro emprego e isso está me ajudando bastante depois da enchente. Eu esperava outra coisa, que ia ficar no computador, mas foi ao contrário e isso é bom”, comenta.
Foto: Paulo Pires/GES
Os dois são moradores do bairro Mathias Velho e foram atingidos pelo desastre climático de maio de 2024 – um dos requisitos para participar do programa. “Conseguimos ver uma saída para ter algo, para ajudar em casa”, ressaltam os estudantes.
De acordo com o secretário Luciano Oliveira, titular da pasta e chefe dos estudantes, o programa terá impacto positivo no desenvolvimento. “Passamos por momentos difíceis e esses jovens também passaram. Eles viveram tudo e estão tendo a oportunidade de reconstruir a cidade. E esse é o primeiro passo para eles. Espero que aproveitem a oportunidade de trabalho”, declara.
Hora da prática
Além da SMEL, os jovens também foram alocados em outras secretarias municipais. Segundo o analista administrativo do Demà Jovem by Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), entidade responsável pela capacitação teórica dos estudantes, Otto Neto, o trabalho prático segue até dia 22 de setembro. “A Prefeitura de Canoas passou os locais, as vagas e os turnos e fizemos a alocação de acordo com a residência dos alunos, levando em conta os deslocamento deles”, explica.
Junto com a rotina escolar, os novos jovens aprendizes vão trabalhar quatro horas por dia nos locais determinados quatro vezes na semana, sempre no turno contrário. Um dia será reservado para as aulas teóricas, na sede da Uninter, na Avenida Getúlio Vargas.
“Cada jovem tem o seu calendário para saber os dias de trabalho e de estudo”, informa o analista. A remuneração é de R$ 786,95 – em conjunto com outros benefícios do programa estadual, como vale-transporte, vale-alimentação, telemedicina, apoio jurídico e psicológico.
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