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ESPORTE E SOLIDARIEDADE

Jovens canoenses voam em busca do sonho de serem skatistas

Projeto Skate Solidário conta com 20 crianças e adolescentes; Competição reuniu 25 atletas na Praça Madre Teresa de Calcutá

Juliano Piasentin
Publicado em: 03/04/2023 às 09h:49 Última atualização: 01/03/2024 às 10h:01
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Meninos e meninas voando. Crianças e adolescentes sorrindo e se divertindo. Assim foi a manhã de sábado (1º), na Praça Madre Teresa de Calcutá, a Praça da Juventude, no bairro Niterói.

Os jovens se reuniram para participar da terceira edição do Skate Solidário, projeto social desenvolvido no bairro pelo skatista Fábio Ramos, o Fabinho, de 42 anos. Estiveram presentes 20 atletas, que competiram nas categorias mirim e juvenil. “Treinamos sempre aos domingos pela manhã, atualmente temos 25 alunos, todos com skate.”

Adolescente Erick Oliveira, 16 anos, arrisca nas manobras



Adolescente Erick Oliveira, 16 anos, arrisca nas manobras

Foto: JULIANO PIASENTIN/GES-ESPECIAL

Fabinho trabalha com a faixa etária dos 7 aos 16 anos. “A galera está por se divertir e outros também querem estar no meio. Temos cinco ou seis atletas que já foram para campeonatos na praia e outras cidades da região metropolitana.”

Conforme o skatista, o projeto é voltado para crianças de baixa renda. “Queremos incentivar essa garotada através do esporte e do skate. Além das aulas, também distribuímos alimentos.”

Estrutura

Canoas conta atualmente com sete pistas de skate, no entanto, de acordo com Fabinho, ainda sente falta de um maior apoio. “A estrutura poderia ser mais forte nas outras praças da juventude. A única que tem um projeto de skate é essa aqui do Niterói.”

O professor e skatista afirma que com o sucesso da canoense Maria Lúcia Rocha de Campos, 13 anos, que chegou à final da etapa de Porto Alegre do STU, a modalidade deve crescer ainda mais no município e também na região. “Ela esteve aqui, o pai dela, que é atleta também. Vieram conhecer o projeto e andar com a garotada”, relatou.

Olimpíadas fizeram com que o esporte ganhasse mais visibilidade

“O skate está em alta, o skate sempre esteve em alta”, diz Fabinho. Recentemente, com a participação da modalidade nas Olimpíadas de Tóquio e a confirmação para Paris 2024, o professor afirma que a tendência de crescimento é ainda maior. “Foi muito forte entrar o skate e o surf nas Olimpíadas. Alavancou demais esses esportes.”

Porém, para se manter em alta, Fabinho reitera que tudo precisa continuar. “Agora é continuar, olhar para frente. A última etapa do STU na orla do Guaíba foi um sucesso. Tanto que a gaúcha Sofia Godoy venceu no Park.”

Novos talentos que vem do Niterói

A adolescente Lívia Ribeiro, 12 anos, anda de skate desde os 10. A jovem afirma que esse sempre foi o seu grande sonho. “Minha mãe sabia que eu gostava e achou o Fabinho na Internet. A partir daí começou a me trazer nas aulas”, diz a moradora do bairro Niterói. A grande inspiração de Lívia é a campeã mundial Rayssa Leal. “Acho muito legal o que ela faz.” Quem também a inspira é a canoense Maria Lúcia. “Ela é maravilhosa, achei muito bom ela ter ido para a final do STU.” No evento realizado em Porto Alegre, em março, a jovem aproveitou para pegar o autógrafo de suas referências.


Jovem Lívia Ribeiro, 12 anos, se espelha na Fadinha Rayssa Leal



Jovem Lívia Ribeiro, 12 anos, se espelha na Fadinha Rayssa Leal

Foto: JULIANO PIASENTIN/GES-ESPECIAL


O jovem Erick Oliveira, 16 anos, diz não ter medo de cair. “Fui o primeiro a ir à rampa quando fizeram a pista. Se eu errar a manobra, sei que não vou me machucar.” Os ídolos? Luís Neto e Rayssa Leal.

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