Temporal
Início de semana foi de limpeza após a chuva que inundou vários pontos de Canoas
Prefeitura de Canoas anuncia força-tarefa e prefeito Jairo Jorge garante que o problema não deve se repetir. "Precisamos pedir um pouco de compreensão para a população", disse
Última atualização: 04/03/2024 17:34
A semana começou com muitas pessoas em Canoas fazendo limpeza de calçadas e entradas de casa. Um dia após a chuva que surpreendeu os canoenses durante a tarde deste domingo (16), o negócio foi lavar a sujeira. Conforme a Defesa Civil, foram 42 milímetros de água em um curto período, o que causou acúmulo de água em diversos pontos da cidade. Alguns são crônicos.
Na Rua Pedro Ardêmio Hilgert, em pleno Centro, um veículo acabou estragando ao tentar passar durante o alagamento quase completo da via. Moradora há anos de um condomínio na área, Franciane Souza diz que o problema é recorrente, quase sempre deixando prejuízo para quem se aventura a passar pelo local após a chuva.
"Nem precisa chover muito para esta rua virar uma lagoa", aponta. "Costumo ficar na sacada observando os motoristas se aventurarem a passar. Alguém sempre acaba pagando o prejuízo ao se arriscar. Penso ser lamentável, porque o IPTU aqui é bem alto. Não precisava estar nesta situação", observou a professora de 36 anos.
Também moradora, Nataliia Shvets Konrad, 33 anos, aponta observar lixo boiando na rua após a passagem da chuva.
"Se chove forte por algum tempo, a água chega nas lixeiras e o lixo se espalha pela rua. Tudo vira uma lixeira. É um absurdo de se ver", aponta. "Faz muito tempo que isso acontece e não dá para entender como ninguém resolve".
Faxina obrigatória
Mais longe da área central, na Avenida Guilherme Schell, a empregada doméstica Ana Lúcia Maciel começou a segunda-feira (17) limpando a calçada em frente ao prédio. Isso porque o alagamento levou barro e sujeira para a calçada do prédio em que trabalha.
"Não dá para acreditar que Canoas voltou a alagar desse jeito", desabafou a trabalhadora de 47 anos. "Cheguei para trabalhar hoje e deu vontade de voltar, de tanto sujeira que tinha acumulado na frente do prédio. Eu não sei se isso saiu do bueiro, mas acho que sim. Era um lodo nojento", reclamou.
Canoas precisa se preparar para mais chuva
Em meio a uma coletiva para apresentar o déficit do governo, nesta segunda-feira (17), o prefeito Jairo Jorge não deixou de comentar o caos que se instalou em poucos minutos após a chuva.
"Isso se deve ao trabalho de limpeza que ficou muito aquém do que deveria ter sido", explica. "O Choque de Limpeza, por exemplo, foi escanteado pela Prefeitura. Montaram uma estrutura errada e de maneira desorganizada. Mudamos isso há quinze dias, quando assumimos".
Jairo garante que a situação deve mudar a partir das próximas semanas e o quadro não vai se repetir.
"Fizemos o mapeamento das áreas alagadas e mobilizamos nosso pessoal. Aquele ponto ao lado do Posto Metropolitano [Rua Pedro Ardêmio Hilgert] foi um dos piores. Virou uma piscina", lamentou.
O prefeito garante o início de uma força-tarefa que vai garantir a limpeza em bocas de lobo e hidrojateamento dos locais. Também serão necessárias obras estruturais e investimentos, mas primeiro a força-tarefa.
"Precisamos pedir um pouco de compreensão para a população. Sei que é difícil pedir compreensão para alguém que teve a água invadindo a casa, mas a gente sabe o que deve ser feito e vai fazer", afirma. "Até porque o El Niño começou e a previsão é de mais chuva. Temos que nos preparar para chuvas fortes".
Microexplosão
Os danos que atingiram Porto Alegre neste domingo lembraram muitos canoenses do fenômeno meteorológico conhecido como microexplosão, que atingiu Canoas em agosto do ano passado. Embora a Defesa Civil não tenha registrado estragos na cidade, como os que aconteceram na capital, o susto foi grande.
Em números, a noite daquele fatídico 15 de agosto deixou quase 20 mil moradias de Canoas destelhadas. Foram quase 90 mil afetados pela força dos ventos que passaram por Canoas. Os prejuízos chegaram a R$ 6 milhões, segundo os números apontados pela administração municipal.
A semana começou com muitas pessoas em Canoas fazendo limpeza de calçadas e entradas de casa. Um dia após a chuva que surpreendeu os canoenses durante a tarde deste domingo (16), o negócio foi lavar a sujeira. Conforme a Defesa Civil, foram 42 milímetros de água em um curto período, o que causou acúmulo de água em diversos pontos da cidade. Alguns são crônicos.
Na Rua Pedro Ardêmio Hilgert, em pleno Centro, um veículo acabou estragando ao tentar passar durante o alagamento quase completo da via. Moradora há anos de um condomínio na área, Franciane Souza diz que o problema é recorrente, quase sempre deixando prejuízo para quem se aventura a passar pelo local após a chuva.
"Nem precisa chover muito para esta rua virar uma lagoa", aponta. "Costumo ficar na sacada observando os motoristas se aventurarem a passar. Alguém sempre acaba pagando o prejuízo ao se arriscar. Penso ser lamentável, porque o IPTU aqui é bem alto. Não precisava estar nesta situação", observou a professora de 36 anos.
Também moradora, Nataliia Shvets Konrad, 33 anos, aponta observar lixo boiando na rua após a passagem da chuva.
"Se chove forte por algum tempo, a água chega nas lixeiras e o lixo se espalha pela rua. Tudo vira uma lixeira. É um absurdo de se ver", aponta. "Faz muito tempo que isso acontece e não dá para entender como ninguém resolve".
Faxina obrigatória
Mais longe da área central, na Avenida Guilherme Schell, a empregada doméstica Ana Lúcia Maciel começou a segunda-feira (17) limpando a calçada em frente ao prédio. Isso porque o alagamento levou barro e sujeira para a calçada do prédio em que trabalha.
"Não dá para acreditar que Canoas voltou a alagar desse jeito", desabafou a trabalhadora de 47 anos. "Cheguei para trabalhar hoje e deu vontade de voltar, de tanto sujeira que tinha acumulado na frente do prédio. Eu não sei se isso saiu do bueiro, mas acho que sim. Era um lodo nojento", reclamou.
Canoas precisa se preparar para mais chuva
Em meio a uma coletiva para apresentar o déficit do governo, nesta segunda-feira (17), o prefeito Jairo Jorge não deixou de comentar o caos que se instalou em poucos minutos após a chuva.
"Isso se deve ao trabalho de limpeza que ficou muito aquém do que deveria ter sido", explica. "O Choque de Limpeza, por exemplo, foi escanteado pela Prefeitura. Montaram uma estrutura errada e de maneira desorganizada. Mudamos isso há quinze dias, quando assumimos".
Jairo garante que a situação deve mudar a partir das próximas semanas e o quadro não vai se repetir.
"Fizemos o mapeamento das áreas alagadas e mobilizamos nosso pessoal. Aquele ponto ao lado do Posto Metropolitano [Rua Pedro Ardêmio Hilgert] foi um dos piores. Virou uma piscina", lamentou.
O prefeito garante o início de uma força-tarefa que vai garantir a limpeza em bocas de lobo e hidrojateamento dos locais. Também serão necessárias obras estruturais e investimentos, mas primeiro a força-tarefa.
"Precisamos pedir um pouco de compreensão para a população. Sei que é difícil pedir compreensão para alguém que teve a água invadindo a casa, mas a gente sabe o que deve ser feito e vai fazer", afirma. "Até porque o El Niño começou e a previsão é de mais chuva. Temos que nos preparar para chuvas fortes".
Microexplosão
Os danos que atingiram Porto Alegre neste domingo lembraram muitos canoenses do fenômeno meteorológico conhecido como microexplosão, que atingiu Canoas em agosto do ano passado. Embora a Defesa Civil não tenha registrado estragos na cidade, como os que aconteceram na capital, o susto foi grande.
Em números, a noite daquele fatídico 15 de agosto deixou quase 20 mil moradias de Canoas destelhadas. Foram quase 90 mil afetados pela força dos ventos que passaram por Canoas. Os prejuízos chegaram a R$ 6 milhões, segundo os números apontados pela administração municipal.
Na Rua Pedro Ardêmio Hilgert, em pleno Centro, um veículo acabou estragando ao tentar passar durante o alagamento quase completo da via. Moradora há anos de um condomínio na área, Franciane Souza diz que o problema é recorrente, quase sempre deixando prejuízo para quem se aventura a passar pelo local após a chuva.