Após quase cinco meses fechado, o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) retomará parcialmente os atendimentos nesta segunda-feira (30). O local, atingido pela enchente de maio, atenderá casos clínicos de baixa e média complexidade.
Foto: Daiane Wolk/DW Comunicação
“Será um trabalho assistencial, ou seja, de atendimentos similares aos que ocorrem nas USs [Unidades de Saúde] e UPAs [Unidades de Pronto Atendimento]. Pacientes com maior grau de risco [alta complexidade] serão estabilizados e imediatamente transferidos para o hospital Nossa Senhora das Graças ou Universitário”, explica o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta.
Segundo o titular da pasta, nesta primeira etapa, serão disponibilizados três consultórios médicos, uma sala de estabilização, 12 leitos de observação e 34 de internação, um laboratório e um raio-x móvel. “Estamos realizando as últimas obras que contemplam essas alas e também um trabalho de limpeza fina e higienização.”
O retorno parcial contará com cerca de 60 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. “A maioria é de novas contratações realizadas pela IAHCS [gestora do HPSC]. O quadro anterior de profissionais seguirá em atendimento no HNSG e HU.”
Recursos recebidos
De acordo com o secretário, Canoas recebeu do governo federal o repasse de R$ 19 milhões para compra de equipamentos para o HPSC. “Estamos em fase de licitação para a compra desses materiais”, diz.
Para a realização das obras no HPSC, o recurso federal destinado foi de R$ 30 milhões. “Para as obras, o formato foi diferente. A verba não passou pelo caixa da Prefeitura, o dinheiro foi enviado diretamente para a Caixa Econômica Federal. O banco fica responsável por liberar os pagamentos conforme o avanço da obra, mediante vistoria”, destaca Sparta.
Especializado em traumas e emergências, o HPSC é referência para 102 municípios do Estado. “É um hospital essencial para o Rio Grande do Sul. Recebemos do governo do Estado a promessa de ajuda financeira para auxiliar na reforma. Estamos em tratativas com a secretária de Saúde do Estado [Arita Bergmann], ela esteve in loco nas dependências do HPSC após a inundação.”
No dia 5 de maio, o hospital teve todo o primeiro pavimento submerso pelas águas das cheias. Foram mais de dez alas atingidas, equipamentos e mobiliários foram perdidos. A estrutura ficou parcialmente submersa por quase duas semanas.
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