abc+

Dia da Mulher

Guarnição Rosa passa a atuar durante 24 horas no 8º Batalhão dos Bombeiros em Canoas

Operação em celebração ao Dia Internacional da Mulher mostra a força feminina nas fileiras de uma das profissões mais arriscadas do mundo

Publicado em: 08/03/2024 às 10h:13 Última atualização: 08/03/2024 às 10h:42
Publicidade

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8), o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) promove uma Guarnição Rosa. Durante 24 horas, o 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Canoas terá atendimento feito somente por mulheres.

Kamila guia o caminhão no atendimento de ocorrências do Corpo de Bombeiros em Canoas



Kamila guia o caminhão no atendimento de ocorrências do Corpo de Bombeiros em Canoas

Foto: Paulo Pires/GES

As profissionais foram mobilizadas desde as primeiras horas da manhã na sede da companhia na Avenida Santos Ferreira. E o sorriso estava estampado no rosto de cada bombeira militar que abraçou a missão de enfrentar o perigo do fogo e salvar vidas em incêndios.

A sargento Marcela Santiago ingressou no Corpo de Bombeiros ainda na época em que se prestava concurso para a Brigada Militar primeiro. Ela diz ter percebido que a vontade de ajudar o próximo, que sempre teve, era mais presente na rotina dos bombeiros.

“Eu ingressei no Corpo de Bombeiros porque queria ajudar as pessoas”, conta. “E a decisão foi a mais acertada, porque como bombeira consegui não só me sentir realizada profissionalmente, como também inspirar outras aspirantes ao cargo.”

Marcela revela que se antes o preconceito era grande, hoje ele é bem menor. Isso porque a presença de mulheres na corporação tem aumentado, tornando menor o hiato que existia há alguns anos.

“Antigamente o preconceito era grande, porque diziam que a gente não tinha força e não conseguira desempenhar a função”, relata. “Porém, hoje já está provado que nem tudo no trabalho do bombeiro é força e com técnica aplicada a mulher consegue desempenhar o mesmo papel que o homem na ocorrência.”

Motorista

Kamila da Silva Johann também decidiu ser bombeira militar para ajudar as pessoas. Ela tem hoje a responsabilidade de dirigir o caminhão em direção a ocorrência, algo que não é fácil tendo em vista o tráfego quase sempre congestionado de Canoas.

“Tem gente que entende que os bombeiros estão em ocorrência e procuram dar espaço na via”, diz. “Só que é uma questão cultural e muita gente não dá bola se os bombeiros estão com pressa, por não se importar muito com o próximo.”

Integração

Comandante do 8º Batalhão, o tenente-coronel Rafael Venturella observa que as mulheres hoje representam somente 25% do efetivo do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Sul, algo que deve ser mudado graças à mentalidade de integração que existe hoje.

“A gente sabe que é um percentual baixo, mas que ele deve crescer, tendo em vista que o Corpo de Bombeiros abraça o trabalho da mulher e enxerga que ela executa o trabalho de igual para igual ao homem no atendimento da ocorrência”, explica.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade