Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8), o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) promove uma Guarnição Rosa. Durante 24 horas, o 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Canoas terá atendimento feito somente por mulheres.
As profissionais foram mobilizadas desde as primeiras horas da manhã na sede da companhia na Avenida Santos Ferreira. E o sorriso estava estampado no rosto de cada bombeira militar que abraçou a missão de enfrentar o perigo do fogo e salvar vidas em incêndios.
A sargento Marcela Santiago ingressou no Corpo de Bombeiros ainda na época em que se prestava concurso para a Brigada Militar primeiro. Ela diz ter percebido que a vontade de ajudar o próximo, que sempre teve, era mais presente na rotina dos bombeiros.
“Eu ingressei no Corpo de Bombeiros porque queria ajudar as pessoas”, conta. “E a decisão foi a mais acertada, porque como bombeira consegui não só me sentir realizada profissionalmente, como também inspirar outras aspirantes ao cargo.”
Marcela revela que se antes o preconceito era grande, hoje ele é bem menor. Isso porque a presença de mulheres na corporação tem aumentado, tornando menor o hiato que existia há alguns anos.
“Antigamente o preconceito era grande, porque diziam que a gente não tinha força e não conseguira desempenhar a função”, relata. “Porém, hoje já está provado que nem tudo no trabalho do bombeiro é força e com técnica aplicada a mulher consegue desempenhar o mesmo papel que o homem na ocorrência.”
Motorista
Kamila da Silva Johann também decidiu ser bombeira militar para ajudar as pessoas. Ela tem hoje a responsabilidade de dirigir o caminhão em direção a ocorrência, algo que não é fácil tendo em vista o tráfego quase sempre congestionado de Canoas.
“Tem gente que entende que os bombeiros estão em ocorrência e procuram dar espaço na via”, diz. “Só que é uma questão cultural e muita gente não dá bola se os bombeiros estão com pressa, por não se importar muito com o próximo.”
Integração
Comandante do 8º Batalhão, o tenente-coronel Rafael Venturella observa que as mulheres hoje representam somente 25% do efetivo do Corpo de Bombeiros no Rio Grande do Sul, algo que deve ser mudado graças à mentalidade de integração que existe hoje.
“A gente sabe que é um percentual baixo, mas que ele deve crescer, tendo em vista que o Corpo de Bombeiros abraça o trabalho da mulher e enxerga que ela executa o trabalho de igual para igual ao homem no atendimento da ocorrência”, explica.
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