Após o anúncio de dois Centros Humanitários de Acolhimento para desabrigados pela enchente em Canoas, o termo de cooperação entre a Prefeitura e o governo do Estado foi assinado nesta quinta-feira (6). Na cerimônia o vice-governador Gabriel Souza e o prefeito Jairo Jorge formalizaram o compromisso e a divisão de responsabilidades entre cada gestão.
Nos próximos dias, as 170 unidades habitacionais fornecidas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) serão montadas por militares do Exército no Rua Um, s/nº, no bairro Industrial.
Segundo a coordenadora de respostas emergências da Acnur, Ana Scatone, a participação da comunidade na montagem das estruturas também está sendo avaliada. “A ideia é dar celeridade no processo. Cada casa leva comporta cerca de cinco horas para ser montada. Nossa expectativa é finalizar em até 20 dias”, frisa. “Cada unidade possui 18 metros quadrados e pode comportar até cinco pessoas.”
O espaço, com capacidade de acolhimento de até 850 pessoas, contará com áreas de uso comum. Serão cerca de 30 containers com estrutura de banheiro, espaços kids e pets, refeitório, cozinha, lavanderia, fraldário/lactário, entre outros espaços multiuso.
Uma das unidades habitacionais foi montada pela Acnur e apresentada durante a cerimônia. O espaço conta com porta, janelas, divisórias (cortinas) e piso revestido. “O processo de instalação das estruturas será possível por meio da parceria entre Acnur, Prefeitura de Canoas, Fecomércio e Estado”, salientou o vice-governador Gabriel Souza.
O prefeito Jairo Jorge comemorou a ação em conjunto. “Será um recomeço para as pessoas, mesmo que provisório. Estamos comprometidos em auxiliar da melhor maneira possível. As pessoas precisam disso”, pontou.
Aluguel social
O segundo Centro Humanitário de Acolhimento, localizado no Centro Municipal Olímpico (COM), no bairro Igara, terá casas com estruturas diferentes. A instalação também está prevista para iniciar nos próximos dias. As unidades terão em formato de tenda galpão (retangular) e tenda piramidal com estruturas metálicas e divisórias internas.
De acordo com o prefeito, a seleção das famílias será feito de duas maneiras: nos abrigos oficiais da Prefeitura e por meio de uma vistoria na casa atingida pela enchente. “A vistoria será feita pela Defesa Civil. Ao identificar que não há condições de habitação no local, as pessoas serão direcionadas para um dos Centros Humanitários”, explica Jairo Jorge. Para solicitar a vistoria do imóvel, o morador deve preencher um formulário no site da Prefeitura de Canoas.
Jairo reforçou o compromisso do Município na preparação da infraestrutura dos terrenos e na viabilização de serviços básicos, como água e energia elétrica. “Queremos fornecer dignidade e esperança para as pessoas. Canoas passou e ainda passa por momentos muito delicados. As casas provisórias são uma ponta de esperança. Ainda temos muitas pessoas em abrigos, outras medidas estão sendo estudadas, o aluguel social é uma delas. A ideia é fornecer R$ 1 mil para quem precisar”, finaliza.
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