Com um inverno chuvoso e temperaturas oscilando, a madrugada de terça-feira (18) promete ser fria em Canoas e na região metropolitana. Segundo a Metsul os termômetros podem marcar a mínima de 5 graus.
Por conta deste contexto, o programa Canoas Solidária se torna fundamental para pessoas em situação de rua. Segundo o titular da Secretaria de Assistência Social, Paulo Ricardo Lopes, mais de 300 pessoas já foram recebidas desde o dia 16 de junho. “Realizamos mais de mil atendimentos. Muitas pessoas repetem a estadia. Se sentem bem acolhidos aqui.”
O maior pico de pessoas no ginásio do Colégio La Salle São Paulo, no bairro Niterói, aconteceu nos dias 12 e 13 deste mês. “Tivemos a média de 84 pessoas nestas datas, com no máximo 111 acolhidas”, afirma Lopes. Já a média diária é de 65 pessoas. “O maior movimento é de terça à quinta-feira.”
O horário de atendimento é sempre o mesmo, a única exceção foi na última semana, com as fortes chuvas que atingiram a cidade. “A acolhida começa sempre às 18 e vai até às 7 horas do seguinte. Naquela ocasião do ciclone, eles puderam permanecer conosco durante todo o dia.” No local também são servidas refeições e realizadas atividades. “Já tivemos sessão de cinema inclusive, onde exibimos um curta-metragem. O objetivo é ter essa parceria com a Secretaria de Cultura a cada 15 dias.”
Maioria masculina
Em relação ao perfil do público que busca acolhimento no Canoas Solidária, 93% é masculino conforme Lopes. “A grande maioria são homens, temos também o público feminino. Inclusive não dormem juntos, temos uma área destinada só para mulheres. Ainda assim, o público masculino é maior.”
Essa representação faz com que as equipes da Assistência Social busquem mais doações de roupas e calçados masculinos. “Conseguimos muitas doações de roupas femininas, já a demanda masculina é muito maior, por isso a necessidade também aumenta.”
As doações podem ser entregues de segunda a sexta, na sede Secretaria, na rua Pedro Weingartner, 238, centro.
Albergue também segue aberto
Além do ginásio no bairro Niterói, o Albergue Municipal localizado no Mathias Velho, também segue recebendo moradores em situação de rua. “Desde junho já foram realizados 994 atendimentos. De 905 homens e 89 mulheres. Lá a média chega a 34 pessoas por noite”, diz Lopes. Apesar da disponibilidade, o ginásio segue sendo a preferência da maioria. “No Albergue é chegar, tomar banho, jantar e dormir.”
Busca ativa é feita com planejamento
Para atrair cada vez mais pessoas tanto para o ginásio quanto para o Albergue, equipes da Secretaria de Assistência Social vão às ruas todos os dias. A busca ativa é feita principalmente em áreas com maior número de pessoas em situação de rua. “É tudo planejado. Atualmente o maior volume é próximo ao Hospital de Pronto Socorro (HPSC), na Praça Pio X e também na Praça da Matriz, no centro.”
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