Tem quem esteja contando nos dedos o retorno da Esquadrilha da Fumaça à região metropolitana. Depois de conquistar muitos admiradores quando passou por Novo Hamburgo em abril, o Esquadrão estará na Expoaer, em Canoas, na próxima quinta-feira (12). A apresentação marcada para começar pontualmente às 15h30 na Base Aérea de Canoas (Baco) tem entrada gratuita mediante a doação de 1 quilo de alimento não perecível.
Foto: Imagem cedida pela FAB
A Esquadrilha da Fumaça retoma a participação na Expoaer após 11 anos e um dos pilotos, o capitão André Bezerra, conversou com a reportagem nesta semana sobre a apresentação. “O povo de Canoas sempre nos recebeu muito bem. A feira é tradicional”, disse ele.
Já no que se refere ao papel da Esquadrilha da Fumaça, o capitão explica que o objetivo é apresentar a Força Aérea Brasileira (FAB) e fazer com que as pessoas assistam e se sintam seguras. “Também temos o entretenimento, mas o grande propósito da Esquadrilha é entrar em contato com o público e fomentar sonhos. Queremos ver o brilho nos olhos de quem está assistindo.”
Além disso, Bezerra expõe a necessidade de levar um espírito de patriotismo à população. “Somos uma instituição de Estado, não de governo. Queremos justamente mostrar isso, a eficiência da Força Aérea Brasileira (FAB). O nível dos pilotos é muito alto, é um privilégio fazer parte da Esquadrilha da Fumaça.”
Heroísmo e treinos
Bezerra diz que algumas pessoas enxergam os 12 pilotos da Esquadrilha da Fumaça, muitas vezes, como heróis. “Certa vez um senhor me disse que não se sentia tão orgulhoso de ser brasileiro desde a época em que assistia o Ayrton Senna correr. Escutar isso nos faz ter ainda mais vontade de voar.”
Para ser apto ao cargo de piloto do esquadrão, é necessário ter ao menos mil horas de voo. “Hoje grande parte da equipe conta com mais de 2 mil horas.” Em relação à prática, o capitão explica que são de um a dois dias na semana com treinamentos. “É o suficiente.”
Além dos 12 pilotos, a equipe inteira passa das 20 pessoas, considerando mecânicos e pessoal de logística. “Para voar sempre são sete pilotos, mas viajamos com oito. Aeronaves são a mesma coisa, são sete no céu e uma utilizada como reserva em caso de necessidade.”
Bezerra conta com orgulho que o primeiro voo da Esquadrilha da Fumaça ocorreu em 14 de maio de 1952, há 71 anos. “E ainda assim, depois de tanto tempo, as pessoas continuam aguardando com ansiedade para nos assistir. Isso é sensacional, toda a demonstração é especial.”
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