Famílias de imigrantes recebem 902 fraldas em Canoas

Gestantes e mães imigrantes atendidas no Programa Primeira Infância Melhor/Criança Feliz de Canoas (PIM/CF) irão receber doações de 902 fraldas descartáveis. A ação é organizada pela Secretaria de Políticas Transversais, através da Coordenadoria de Igualdade Racial e Imigrantes, e pela Secretaria Municipal da Saúde. Ao todo, as fraldas de diferentes tamanhos, irão contemplar 19 famílias.

Segundo a coordenadora do programa PIM/CF, Cristina Muhlen, as entregas ocorrem durante a semana. "Essa doação para as mães, que são imigrantes e se encontram em situação de vulnerabilidade social, é de grande valia, além disso, o significado da ação que multiplica o sentimento de empatia." Além dos imigrantes, também são auxiliadas famílias em vulnerabilidade social e quilombolas.

Conforme a coordenadora de Igualdade Racial e Imigrantes, Ednea Paim, a parceria com a SMS tem sido fundamental para a realização destas ações. "Colocamos muito amor e carinho nas nossas ações, pois sabemos das dificuldades que passam as famílias imigrantes, pela vulnerabilidade social, por estarem em outro país necessitando do nosso acolhimento. Pequenos gestos como este geram um pouco de conforto e paz."

Para a diretora de Atenção Básica, Hadoika Aiko, a articulação da rede intersetorial é essencial para o sucesso dos programas voltados à população em extrema vulnerabilidade. "Essa doação beneficia na redução de custos e no vinculo", completa.

Mais de quatro mil

Atualmente Canoas conta com mais de quatro mil imigrantes. De acordo com a coordenadora de Políticas de Equidades, Deise Chamorro, eles moram em várias regiões da cidade. "Muitos vivem próximo das BRs 448 e 386. Outras famílias moram no Guajuviras."

No município são acolhidos venezuelanos, colombianos e haitianos. "Temos mais dificuldade com os haitianos. O idioma deles é o crioulo, o que dificulta o diálogo." Para isso, o município precisa de interpretes. "Hoje, com a ajuda da Ednea, temos uma parceria com interpretes da prefeitura de Porto Alegre. Eles visitam as famílias e auxiliam na comunicação, principalmente no acesso a saúde."

Além das fraldas, os imigrantes precisam de ajuda em outras questões. "Muitos têm mais de um filho. Por isso a rede vai até elas e acabamos descobrimos outras necessidades das famílias."