Preocupação
Falta de luz é barreira para moradores que regressam a áreas onde a água baixou em Canoas
Há 89,5 mil clientes da Rio Grande Energia (RGE) sem energia; bairro Fátima está tendo o fornecimento restabelecido nesta quarta-feira (23)
Última atualização: 23/05/2024 14:35
A situação para os moradores que estão voltando para casa em áreas onde a água baixou tem o impacto da falta de energia elétrica. Isso porque é grande o número de pontos onde o serviço ainda não foi restabelecido por falta de segurança.
Conforme a Rio Grande Energia (RGE), 89,5 mil clientes da concessionária (2,9% do total) continuam sem energia. A empresa aponta que a maioria dos pontos afetados estão em áreas inundadas ou em locais com impedimento de acesso das equipes técnicas.
No bairro Fátima, quem retornou na segunda-feira (23) após a água baixar segue à luz de velas. O problema seria que há alimentadores da concessionária que seguem ainda na parte inundada do bairro.
“A gente não tem água e também não tem luz”, reclama a vendedora autônoma Valéria Carvalho. “Voltei para o meu apartamento, mas não dá para se sentir em casa ainda, porque continua com tudo sujo e sem água e luz”, diz a trabalhadora de 39 anos.
Já no bairro Mathias Velho, existe também a preocupação a respeito da lama acumulada em tomadas e até mesmo na caixa de medição. Michele Monteiro diz ter medo ligar o disjuntor e colocar fogo na casa.
“Até conseguir trazer alguém para avaliar a situação, não tenho coragem de ligar o disjuntor, porque está cheio de lama no relógio”, explica. “Se der um curto-circuito, prejudica muito a minha situação”.
Conforme um técnico abordado pela reportagem do DC, a maioria do bairro Mathias Velho permanece sem luz por não haver condições de segurança para que o sistema seja restabelecido devido à área inundada.
Já o bairro Fátima, está tendo a força restabelecida, em grande parte, nesta quarta-feira (23) porque a água baixou, permitindo que os técnicos cheguem até o local para ligar as redes.