Em um cenário de destruição pós cheia em Canoas, a população tenta se agarrar à esperança de retomada da normalidade e vive a expectativa de retomada de serviços considerados essenciais.
No Mathias Velho, além do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Caçapava também era considerada referência quando o assunto era saúde no bairro.
Embora tenha sido inundada, a estrutura do prédio, localizada na Rua Caçapava 200, se mantém firme, razão pelo qual muitos moradores criam a expectativa que possa ser reaberta novamente.
Segundo a Prefeitura de Canoas, os maiores estragos foram o piso e os armários, além da grande perda dos equipamentos, razões pelos quais não há previsão de reabertura da unidade.
Em nota, a administração informa que parte da estrutura e funcionários estão em atuação na sede do Centro de Especialidades Médicas, onde funciona Serviço de Atendimento Especializado (SAE), na Rua Brasil 448, no Centro.
A lembrar, a UPA Capaçava passou por reforma em 2021, ganhando protagonismo durante o ápice da pandemia como unidade referência para pacientes que não tinham sintomas ligados ao coronavírus.
Moradora do Mathias Velho, a pensionista Maria Inácia Macedo, 58 anos, diz ser muito importante a reabertura de uma unidade de saúde no bairro, já que o momento é de carência extrema de quem voltou para casa.
“A gente já está com muita dificuldade para qualquer coisa. Quanto antes abrirem, melhor. Porque o povo não precisa ficar indo para longe quando precisar de alguma coisa”, opina.
Condenada
A situação da UPA Caçapava é bem diferente da UPA Rio Branco, onde a inundação acabou abalando sensivelmente a estrutura e não há mais hipótese de reabertura após os danos causados pela água.
Condenada por técnicos, a UPA Rio Branco permanece isolada por tapumes e já teve todo o material da unidade retirado do local por soldados do Exército, durante uma operação, no final do mês passado, quando a água recuou.
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